sexta-feira, 2 de julho de 2004

Quero chamar especial atenção para a primeira nota de hoje e quem puder, por favor, difunda-a ao máximo! Trata-se de uma carta enviada pela esposa do preso de consciência cubano Oscar Elías Biscet, cuja vida corre perigo se não for tomada uma providência urgentemente.



O Dr. Biscet, desde que foi injustamente encarcerado, jamais freqüentou um refeitório e quase que todo o tempo desde que foi preso, vem sendo mantido em calabouços, na mais indigna humilhação e privações de toda ordem. Aqui preciso fazer um paralelo com os grosseiros farsantes da mídia e os intelectualóides esquerdosos de plantão, quando repetem sistematicamente, (e ainda continuam, mesmo depois desta gente ter sido libertada com vida há tempo) protestos “em defesa dos pobres iraquianos torturados em Abu-Gharib” e não se tocam com barbaridades como as que têm sofrido os presos de consciência cubanos e os americanos degolados por fanáticos demonizados. É preciso ser tão cínico ou intrinsecamente perverso quanto estes monstros fanáticos, para não enxergar a abissal disparidade entre uma coisa e outra. Reconhecer isto, é desnudar-se; é expor suas chagas pútridas que tentam esconder a qualquer preço, para passar a imagem de que este regime é bom, é belo, é o melhor que se pode desejar aos outros, desde que “eles” não façam parte desta massa de escravos.



Há, ainda, uma reflexão sobre os últimos e “misteriosos” acontecimentos nas negociações venezuelanas, pela jornalista Isa Dobles e uma denuncia feita pelo jornalista cubano José Ignacio Rivero sobre mais uma aberração comunista, divulgado em uma publicação na América Latina que afirma que “a independência de Cuba ocorreu em 1º de janeiro 1959, com a Revolução”. Se a mim isto incomoda e dá náuseas, imagino o que não se passa no coração de um cubano patriótico que viu sua terra desgraçada e seu povo escravizado justamente a partir desta maldita data!



Bem, o Notalatina de hoje encerra, citando um versículo do Salmo que o Dr. Biscet recomenda à mãe, desejando a todos um excelente final de semana. “Tu, Senhor, nos guardarás, nos preservarás para sempre desta raça” – Sl. 11, 8. Eu creio nisto e convido-os a refletir sobre as palavras aí contidas. Até segunda!



PETIÇÃO URGENTE PELO DR. OSCAR ELÍAS BISCET, PRESO DE CONSCIÊNCIA EM CUBA



Em uma missiva dada a conhecer na cidade de Havana, no passado 23 de junho, Elsa Morejon Hernandez, esposa do preso de consciência em Cuba, Dr. Oscar Elías Biscet, denuncia a difícil stuação que atravessa este médico que encontra-se na prisão Kilo 8 na província de Pinar del Río, a 162 km. de sua casa, sancionado a 25 anos de prisão, na Causa 15 de 2003 por supostos delitos de “atentar contra a soberania e a integridade do território cubano”.



Desde 17 de junho de 2004, o Oficial Mario Luis, que diz cumprir “ordens novas que todos os presos devem acatar”, proibiu que continuassem levando à cela do Dr. Biscet os alimentos que a penitenciária oferece aos reclusos e desde esse dia ele só ingere algum alimento que algum preso lhe oferece. Os familiares do Dr. Biscet não souberam de tal situação até o dia 19 de junho, quando lhes foi permitido uma visita de 30 minutos na Prisão Kilo 8, pelo Dia dos Pais.



Segundo palavras do Dr. Biscet à sua família: Desde o mês de abril de 2003, quando me sancionaram injustamente nesta causa, eu nunca fui a um refeitório em nenhum dos dois cárceres em que me mantêm preso, pois sempre me tiveram isolado e em calabouços de castigo. Em 16 de janeiro do ano em curso, o direitos do cárcere me propôs tirar-me do calabouço de castigo para conviver com 16 presos comuns em um cubículo. Disse ao diretor que aceitava com a condição de que eu não participaria de nenhuma atividade política nem iria ao refeitório, pois no refeitório a higiene é inadequada, há situações de brigas entre presos e há violações quanto às normas estabelecidas em qualidade, quantidade e higiene dos alimentos. Se fosse ao refeitório, me poria obrigatoriamente em uma confrontação pacífica entre as autoridades da penitenciária ante tais violações, pois sou médico e me considero ativista pelos direitos humanos. O diretor da penitenciária aceitou meus motivos e permitiu que um recluso me trouxesse os alimentos à cela. Desde o dia 17 de junho não tenho mais recebido os alimentos e me têm obrigado a estar praticamente em greve de fome. Ninguém me deu explicação alguma, nem sequer o diretor veio dar-me uma explicação. Esta nova represália é somente comigo já que aqui há vários presos que não vão ao refeitório e continuam lhes levando a comida à cela. Estou orando a Deus para que esta situação se resolva da melhor maneira possível. Diz a minha mãe que leia o Salmo 11 que lhe enviei; tu também e meus amigos. Eu tenho o alimento espiritual e a fortaleza que Deus dá aos que O amam em justiça e em verdade.



A família do Dr. Biscet achou que, embora o médico tenha controlada a hipertensão arterial, está “extremamente magro, perdeu por volta de 60 libras (27 kilos!) de peso corporal desde que está no tal cárcere, e sua dentadura apresenta-se totalmente deteriorada, produto de vários fatores de risco imperantes nos isolamentos em calabouços e a falta de atenção médica que nega-se a receber por parte dos militares, alegando que não confia que tenham boas intenções”.



Segundo a Srª Morejon, desde janeiro de 2004 o Dr. Bscet só teve duas visitas de duas horas cada uma, nunca lhe permitiram uma ligação telefônica para sua família. Os presos dessa penitenciária não têm televisão, não se lhes permite ter um rádio, nem um colchão para dormir, nem um ventilador, não têm acesso a um chuveiro, nem água suficiente para banhar-se e as celas não possuem janelas.



A família do Dr. Biscet o considera um homem inocente, sendo seus únicos delitos “ser um soldado da não-violência, da vida e dos direitos humanos” e pedem a todos os homens e mulheres de boa-vontade que intercedam ante o governo cubano para que resolva-se esta situação que atenta contra a vida do Dr. Biscet e a integridade psicológica de toda a sua família. As autoridades da penitenciária guardam silêncio ante a solicitação da família de permitir levar alimentos ao Dr. Biscet ao cárcere, “para que não adoeça ou morra de inanição”.



Testemunho de Elsa Morejon dado via fax, de Cuba.

Fonte: NetforCuba International - http://www.netforcuba.org/



TEMOS ARRISCADO TUDO, ATÉ A VIDA E ISSO MERECE RESPEITO!



Por Isa Dobles



A recente reunião realizada entre Gustavo Cisneros, Jimmy Carter e Hugo Chávez segue arrastando o “rabo”. E não podia ser de outra maneira. Em primeiro lugar, pelo segredo. Estamos em um momento na Venezuela no qual a “transparência” parece ser o mínimo exigido em qualquer coisa que tenha a ver com o momento e por outro lado, o homem em quem os lacaios do Poder têm menos confiança, então estamos em um verdadeiro beco sem saída, porque afortunadamente os venezuelanos que estamos frente a este pesadelo e conhecemos os personagens, não ficamos parados nos lamentando.



A mim particularmente o que gostaria de saber é se a Coordenadora sabia algo desta reunião. Por que? Porque apesar de todas as críticas e debilidades, as pessoas querem respeitá-la. Vêm gerenciando coisas muito difíceis com homens que as estão arriscando todas e nenhum poder pode estar agora acima do poder que representam, que hoje é nada mais, nada menos que a vontade popular. Há carências? Fulaninho é fraco? O outro é um espantalho? Sim. Porém, em conjunto é o ente que dá a cara por nossa angústia e também por nossa esperança.



E por mais líderes que todos e cada um criemos, quando toca enfrentar o perverso trio do CNE, embora lhes custe trabalho abrir as portas a Alberto Quiroz e Mujica têm que fazê-lo, por mais caras de enfastiados que eles tenham na reunião. Porém, não as abrem a Pedro Pérez ou a María Ramírez. Então a mim, Isa Dobles, me devem uma explicação clara e transparente, não “tramparente” dessa reunião. Ninguém nega que Gustavo Cisneros é um empresário importantíssimo, um dos homens mais ricos do mundo, nem que Carter faça um melhor trabalho como mediador do que como o fez como Presidente dos Estados Unidos, porém tampouco ninguém pode negar o que é Chávez e o que é este momento que vivemos que não pertence a ninguém especialmente mas a todos. Chávez chamou para pedir confusão? Cisneros aceitou a colaboração de seu “aveludado” Carter para tratar de deter um julgamento militar ante a arremetida de Chávez? Carter se ofereceu para conseguir um encontro de Cisneros com Bush? Cisneros “equivocou-se” como se nada tivesse acontecido quando ia tratar da chegada do sorridente Mr. Ury? Quem pedia algo? Quem concedia algo? A única coisa informada por Cisneros não me convence. Porque eu não creio nessas bondades que nos conta de Chávez. Simplesmente assim!



De poder em poder se podem negociar muitas coisas. As que o poder possa comprar. O que se passa é que na conjuntura que estamos vivendo e esta luta desigual e desgarradora que estamos lutando, estamos empenhados em fazer as coisas bem feitas. E não conseguiremos nunca se não nos respeitarem. Nada que se faça na sombra nos dá confiança. Nós, os que nos movemos sem privilégios, sem escoltas, sem carros blindados, temos quase seis anos arriscando tudo, até a vida. E isso... merece respeito!



Fonte: Gente del Siglo XXI



HÁ QUE LEVANTAR A VOZ CONTRA A INDIGNA MENTIRA!



Por José Ignacio Rivero



Em uma publicação latino-americana se disse em uma reportagem sobre Cuba que desde o século XIX, no qual nasceu a nacionalidade cubana, formada pelos descendentes dos escravos africanos e dos espanhóis chegados à zona, até 1958, Cuba esteve em mãos de forasteiros porém, que em primeiro de janeiro de 1959 a Revolução triunfou nas terras do Estreito da Flórida e deu à ilha sua independência!



E nós dizemos: Que voz conjunta do nosso exílio se levantou na imprensa mundial para responder a todas estas mentiras sobre Cuba, lançadas à opinião pública para defender o comunismo? Nenhuma. Vê-se com clareza a necessidade de criar um organismo coordenador de todas as organizações cívicas, profissionais, econômicas, religiosas, etc., com a finalidade de levantas a voz de nossa verdade até o último rincão do globo.



Fonte: lavozdecubalibre.com



Traduções: G. Salgueiro



quinta-feira, 1 de julho de 2004

Hoje o dia está completamente dedicado a Cuba, considerando os transtornos, malentendidos e cavilações que as novas medidas adotadas pelo presidente Bush vêm provocando, entre os exilados de Miami, entre os espiões castristas dentro e fora da Ilha e as expectativas do próprio serial keeler caribenho Fidel.



A primeira nota é um alerta que foi divulgado pela internet sobre as fraudes e manipulações que a imprensa esquerdista americana promoveu, sobretudo a CNN e que o Notalatina publica com um dia de atraso, considerando que ontem a preferência foi para o artigo da minha amiga guerreira venezuelana Eleonora Bruzual. Aliás, no seu programa de hoje da Radio Mambí, Bruzual me agradece de modo especial por ter traduzido e divulgado seu artigo. Bobagem; ela é generosa e muito querida mas não há nada a agradecer, eu penso, pois estamos todos juntos no mesmo barco, lutando pelo mesmo objetivo de destruir o castro-comunismo na América Latina ou, pelo menos, denunciá-lo enquanto nos deixam falar a mim, a ela, ao corajoso e querido amigo cubano Pablo Rodríguez, a não menos querida Lou Pagani, outra mulher valente, enfim, como eu dizia, estamos todos no mesmo barco e na mesma trincheira.



Há ainda um artigo muito lúcido do José Luis Fernandez, editor do La Voz de Cuba Libre, uma denúncia de fraudes em bilhetes de passagens aéreas para Cuba e, finalmente, uma outra análise, muito interessante, sobre o processo de desestabilização dos cofres da “famiglia”, com as novas medidas sobre viagens e remessas de dólares a Cuba. Isto ainda vai dar muito o que falar, por isso, o Notalatina de hoje praticamente só aborda este tema.



S.O.S. DE MIAMI – ATENÇÃO!



A grande imprensa amarela e “muitos mais”, estão manipulando o caso das medidas do Presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, contra Castro e seus cúmplices. Dia a dia, são manipuladas e manejadas as imagens nos canais de televisão de Miami e nas agências de notícias internacionais, todos os amigos (capitalistas-castro-comunistas-liberais-corruptos) que Castro tem nos Estados Unidos estão sendo mobilizados, outros “solapados” e “tapeados” foram obrigados a “tirar a máscara que tinham”. As vozes dos verdadeiros exilados cubanos e cubano-americanos não saem no ar! As vozes das verdadeiras organizações patrióticas do exílio estão sendo caladas ou manipuladas!



Estamos na presença da mesma operação que foi feita no caso do menino ELIÁN GONZALEZ, só que Castro naquela ocasião manejou as grandes estruturas e o governo federal, agora está manipulando os personagens que “Ele” tem “disseminados” na base e alguns “pseudo-dirigentes” do Exílio, sempre ajudados pela mesma imprensa que criou a confusão no caso Elián Gonzalez, a mesma caterva, a mesma combinação, as mesmas caras, os mesmos vendidos de sempre e os palhaços pseudo-liberais “românticos”.



O digno Exílio Cubano está sendo impedido de se manifestar e algumas vezes mal representado! Não mais convivências nem negócios com o Tirano de Cuba e seus cúmplices! Apoiemos as medidas do Presidente dos Estados Unidos, George Bush! UNIR-SE É A PALAVRA DE ORDEM!!!!



“PARA CUBA A HORA É AGORA!”



Emilio Izquierdo Jr

Secretário de Relações Públicas da Associação de Ex-confinados da UMAP

Miami, Flórida



NOTA: Qualquer pessoa ou entidade pode difundir esta mensagem sem nossa autorização.



Fonte: NetforCuba International - http://www.netforcuba.org



Cuba: Vendem falsos bilhetes de viagem – Decidiram organizar vôos para Cuba violando a lei



Um grupo de cubanos da diáspora, aos quais lhes venderam passagens fraudulentas para viajar a Cuba, ficaram retidos no aeroporto de Miami depois que os vôos para a ilha foram cancelados por não terem permissão das autoridades estadunidenses. O Departamento de Estado confirmou que o governo negou a permissão que haviam solicitado, ao menos a estas duas companhias de aluguel, também conhecidas como “ciganas”, para levar passageiros para Cuba.



O Departamento de Estado explicou que, estas companhias haviam solicitado permissão para realizar vôos vazios desde a Flórida até Cuba, para recolher os passageiros que deviam regressar aos Estados Unidos antes da quarta-feira, para evitar violar a lei. Porém, estas companhias decidiram por si mesmas vender bilhetes e organizar novos vôos para Cuba com passageiros, aproveitando que o Departamento de Estado estendeu na semana passada a data de retorno ao país até o próximo dia 31 de julho.



Todavia, o governo jamais autorizou novos vôos. O representante da câmara Lincoln Díaz-Balart encontrou-se com o problema ao chegar de Washington D.C. Días-Balart assegurou que a culpa é da Gulfstream Air Charters. “Os organizadores destes vôos não tinham permissão. Ao venderem estas passagens, o que não era permitido, obviamente queriam causar o caos ou tentar conseguir fazer algo ilegal”, comentou Díaz-Balart.



Joe garcía, diretor executivo da Fundação Nacional Cubano Americana, apresentou-se no aeroporto e também culpou a aerolínea. “Sou da opinião de que o que ocorreu hoje é parte da falta de profissionalismo que existe nesta indústria há muito tempo. É triste”, disse. Os passageiros tinham a esperança de viajar antes que entrassem em vigor as novas medidas de restrições.



NetforCuba International - http://www.netforcuba.org



Acreditam que Fidel Castro provocará um êxodo de 100.000 ou mais de balseros?



Por José Luis Fernandez



Desde já, sim! Por várias razões, porém básicas.



Primeira: Ao reduzir-se as viagens dos cubanos com dólares, uma a cada três anos, necessita triplicar, pelo menos, esses “viajantes”. O mesmo ocorre com as “remessas”. E é público e notório que a maioria dos viajantes cubanos à ilha são aqueles que saíram depois de 1980, ou seja, os que receberam uma formação “internacionalista” ausente de todo amor pátrio ou princípios morais. Desde já, também vão muitos que, embora tivessem saído de Cuba muito antes, tampouco possuem dignidade, apesar de que tratam de justificar sua escassez de princípios com a alegação da mãe ou do filho que deixaram em Cuba, e dos quais só lembraram-se depois da queda do comunismo europeu quando Castro necessitou dos dólares que deixou de receber do império soviético.



A outra razão é a escassez de uma nação que, segundo o próprio Castro, em 1953 podia produzir alimentos para 18 milhões de pessoas (em: “A História me absolverá”). Em seu afã de tratar de converter a América Latina em uma “União das Repúblicas Socialistas da América”, o governo do Partido Comunista de Cuba esgotou todos os recursos que havia herdado do comunismo e ao receber até CINCO MILHÕES DE DÓLARES ANUAIS do próprio império soviético, deixou de atender a agricultura e a indústria da ilha, o que unido ao capricho inicial de Ernesto Guevara de estabelecer sistemas agrícolas soviéticos em um país tropical, destruiu as produções agrícolas tradicionais, acabando inclusive com a anterior abundância de árvores frutíferas nõa podendo atualmente cobrir as necessidades alimentares de uma população de 11 milhões de habitantes. Um êxodo de 100 a 200 mil cubanos seria uma ajuda à distribuição de alimentos, do mesmo modo que foi em 1980.



Uma escassez extrema de produtos básicos na população, com as lojas arrecadadoras de dólares ostensivamente abastecidas, sempre é uma tentação ao saque e ao protesto violento. O regime teria que reprimir os mesmos violentamente e este seria o princípio do fim. Certamente, do mesmo modo que fez em 1980, Castro necessita “aliviar a pressão na caldeira”.



Fonte: lavozdecubalibre.com



O DESTERRO NA ENCRUZILHADA



Por Miguel L. Talleda



A notícia publicada nesta semana, de que descobriu-se um transferência de dinheiro do governo de Cuba para ser depositado em contas “anônimas”, por um total de U$ 3.900 milhões, através do respeitável Federal Reserv dos Estados Unidos, estabelece uma série de interrogações. Porém, só queremos nos referir à sua implicação com as viagens a Cuba dos que, supostamente, saíram fugindo de nossa Ilha por temor à perseguição do comunismo.



O jornal Granma de Cuba, órgão oficial do comunismo cubano, disse que esse dinheiro era produto do turismo e das viagens a Cuba do exílio cubano. Claro, cuidam de desvirtuar que parte do dinheiro, uma quantidade tão imensamente grande, tem que haver sido da lavagem ilegal, quer seja da droga, ou do terrorismo internacional.



Porém, se tomamos com uma fato concreto a declaração do Granma, há que chegar à conclusão de que os exilados cubanos, de fato, embora doa reconhecê-lo aos que estiveram de férias na Ilha, sob diversas desculpas, converteram-se em AGENTES ECONÔMICOS DE FIDEL CASTRO. E agora devem medir seus passos porque os infiltrados de Castro em Miami, e ainda desde a própria Havana, lhes estão tratando de levar à outra campanha, a de difamar o Presidente dos Estados Unidos, George Bush, pelas medidas que tomou com respeito aos envios de dinheiro e às viagens a Cuba. Se há honestidade, deve-se pensar que o quer bem à sua família deve senir-se contente porque estas medidas são o primeiro passo para eliminar a tirania, para dar fim à tragédia de que estão sendovítimas nossos familiares e amigos em Cuba.



Com o presidente Bush no poder, um homem de uma vontade à toda prova, que tem em seu haver ter livrado cerca de cinqüenta milhões de seres humanos que estavam submetidos à escravidão, não cabe outra coisa a pensar que, no fim, nosso exílio poderá ajudar o povo da Ilha a criar um estado de insurgência.



Porque é o exílio que deve dar o passo à frente, porque as condições estão dadas e não fazê-lo seria uma vergonha nacional. Que o povo cubano está em condições de rebelar-se, todos os dias o vão reconhecendo assim as vozes mais prestigiosas do desterro; leia-se o que nos diz o Dr. Ariel Remos, escrito no Diario las Américas, do dia 12 de junho de 2004: “É inútil pensar em um derrocamento desde fora. Porém sim, em um derrocamento pelo povo, incluindo os militares. Castro pode sim ser derrocado por sua própria gente, sem necessidade de uma guerra, sem se desmontamos essa segunda natureza de submissão conformista do cubano criada pelo regime”. E mais adiante: “Essa segunda natureza superposta, é a que está obstaculizando sua liberdade de enfrentar a tirania e safar-se, definitivamente, das ataduras criadas pelo medo que o impedem de manifestar-se”.



Porém, pensar que é possível derrota a tirania com o esforço do exílio, não terá sido sempre a prédica do Alpha? Não foi nosso Secretário Geral Andrés nazario quem esteve por anos proclamando que o povo de Cuba está pronto para atuar e que só se necessita da chispa capaz de criar a força motriz que produza uma insurreição nacional?



E temos que fazer frente à nossa parte, pois do contrário teremos uma nova República, porém o Apêndice será dez varas mais longa que a Emenda Platt.



NetforCuba International - http://www.netforcuba.org



Traduções: G. Salgueiro



quarta-feira, 30 de junho de 2004

Eu tinha outras notas para editar hoje, mas este artigo da grande guerreira Eleonora Bruzual que me acabou de chegar, me fez mudar o rumo completamente, porque ela sintetiza tudo o que está ocorrendo hoje, dentro de Cuba e nas mentes de alguns cubanos que vivem fora da Ilha. Me identifico muito com seu jeito e seu estilo direto, objetivo, incisivo, de quem não tem “papas na língua”.



Nem todos os cubano-americanos são exilados ou anti-castristas e o pior, nem todos que se beneficiaram das riquezas do solo e acolhimento fraterno da democracia norte-americana sabem reconhecer isto e cospem no prato que se lhes foi ofertado, quando lá chegaram.



Então, resolvi publicar este indignado e corajoso artigo porque muitas vezes também ouvi, de meus compatriotas, que “eu não deveria me meter em um assunto que não me dizia respeito”, por não ser cubana, esquecendo-se estas pessoas que aqui não se trata de “pátria” ou “nacionalidade” mas de seres humanos maltratados, torturados, vilipendiados em sua honra e dignidade, iguais à mim e a eles também. Além disso, o horror que aquela bela ilha caribenha vive há malditos 45 anos, que a Venezuela de grandes guerreiros está prestes a experimentar se seus bravos filhos não forem à luta, experimentaremos nós também, pois a afinidade ideológica e os acordos firmados entre Brasil e Cuba, não deixam margem para dúvidas de que, se não houverem vozes dissonantes com este concerto macabro, se não houverem pessoas dispostas a arriscar sua pele em denunciar sem trégua os horrores do comunismo em Cuba, na Venezuela ou em qualquer parte do mundo, não terá valido a pena viver e envergar o título de CRISTÃO.



Sei que meus amigos cubanos, amigos que fui angariando ao longo deste caminho de luta sem trégua contra o castro-comunismo me entendem e me apoiam. Quem não compreender este alerta que há anos venho fazendo, como quem clama no deserto, malgrado o comportamento adotado por este governicho stalinista comprove muitas das denúncias que eu e outros “quixotes” fizemos, só posso lamentar a estreiteza de visão e a pequenez de seus corações.



Aos vociferantes do Aeroporto de Miami, lhes sugiro que inflem uma balsa e tomem o rumo ao Mar da Felicidade...



Publicado em 30 de junho de 2004, por Eleonora Bruzual



Leio os eventos acontecidos esta semana no aeroporto de Miami e não posso mais que refletir sobre um fato: o melhor suporte de tiranos e déspotas é o egoísmo e a mediocridade de muitos que são suas vítimas, porém que na hora de ter que assumir posições firmes, que pressionem a esses déspotas, de imediato convertem-se em seus aliados e cúmplices.



Um titular descreve todo o “Caos no aeroporto de Miami ao cancelar-se dois vôos a Cuba”, essa Cuba onde um velho ridículo e impertinente, um tiranossauro insaciável mantém seqüestrado um povo que, qual mendicante, vive há quase meio século de esmolas, de chocantes caridades e do inconfessável pecadilho de muitos, de chegar a povonear-se frente ao faminto de seus “quatro quartos” conseguidos em liberdade, frente a uma massa que morre de solidão, que deve prostituir-se, que treme ante os esbirros, que cala e estende a mão, porque tudo lhe foi roubado pelo déspota: a dignidade, o orgulho, a raiva, a esperança.



Esses furibundos cubanos que gritavam e esperneavam de ira no aeroporto de Miami, seguro que bajuladores chegariam a Cuba, sorrindo melosos ante os esbirros da aduana, caladinhos e covardes porque, nos prédios de Castro o que grita paga, o que discorda morre ou vai preso, e para fazer isso, para correr esses riscos se necessita de valor, se necessita de honra, se necessita de galhardia, à qual sobra aos presos da dignidade, da consciência que enchem as masmorras do chulo jinetero. Esses que, metidos a valentões porque gritar em Miami não acarreta mais perigo do que o de ficar rouco, insultaram o congressista Lincoln Días-Balart, porque queriam chegar à Cuba, bordel do sátrapa amoral, para humilhados, covardes, caladinhos, deixar suas migalhas e sentirem-se poderosos ao saciar a fome de familiares e amigos, de vizinhos e conhecidos, esses que por egoísmo e falta de dignidade dos chorões do aeroporto de Miami, devem deixar na ilha cárcere condenados perpétuos...



Muitos cubanos talvez me escutem e se perguntem: e esta venezuelana, por que se mete conosco? Esta venezuelana, por que opina sobre algo que só compete aos cubanos? E eu contesto: esta venezuelana fala, horrorizada em ver como muitas vezes os tiranos, os verdugos, não necessitam de seus lambe-botas, não necessitam de seus policiais e seus mecanismos de repressão ou de inteligência e propaganda; só têm que tocar a avareza, a estupidez, o egoísmo de uns poucos e, de imediato geram-se distúrbios, os motins que serão o “Pomo da discórdia” para as necessidades destes delinqüentes.



Serão motivo de prazer para o senecto chulo jinetero que hoje se baba ao constatar que realmente deu vida ao “Homem novo cubano”, esse que esta semana, no aeroporto de Miami, gritava forte, seguro de que a democracia de um país livre se lhe permite isso: “Queremos viajar! Queremos ir a Cuba!” E calavam o resto... Queremos ir para humilhar os famintos com nossos dólares! Queremos ser parte dessa festa perversa que em Cuba se monta para todo aquele que possa pagar em dólares, a trágica verdade de uma revolução maldita, fazedora de prostitutas, revolução que esmaga o homem digno e gera canalhas!



Esses aliados gratuitos, esses zumbis úteis ao tirano se enfurecem porque viram maltratada sua esperança de viajar antes que entrasse em vigor o pacote de medidas que cercaram a alforja do chulo, o prostituto mais velho, o verdugo histórico que devora tudo, até a vergonha dos que bem lhe servem.



Leio que um tal Pedro Pérez, de 70 anos, queria viajar a Cuba para ver seus dois irmãos. Todavia, quando chegou ao aeroporto foi informado de que seu vôo havia sido cancelado. Pérez viajou desde Nova Jersey para tomar o avião para a ilha, e decidiu esperar para ver se podia tomar outro vôo. É Pedro Pérez que exclama: “Penso ir, se nos deixam. Caminhando não posso ir”... Eu, desde a Venezuela, onde luto diariamente para impedir que se reedite em minha pátria a tragédia do mártir povo cubano, lhe sugiro que infle a balsa e tome o rumo deste “Mar da Felicidade” que em suas profundidades guarda cadáveres e esperanças truncadas de milhares de cubanos que pretenderam sem sorte ganhar a liberdade que agora desfrutam os chorões do aeroporto de Miami, para gritar, insultar e desesperar-se para ir bem servir a quem lhes pisou a dignidade e a coragem... Pedro Pérez, se és tão valentão para insultar, sê também para lançar-te ao mar em uma balsa e desandar o andado... Desanda tu hoje de homem livre e volta até onde está quem te fez escravo!



Leio o que sucedeu nesse aeroporto de Miami e uma vergonha distante me apanha... Penso nesse pobre mequetrefe que gritava aos funcionários do governo ali presentes: “Hoje é 29! Tenho direito de viajar hoje!...” e minha mente corre longe... chega até Cuba e imagino Martha Beatriz Roque Cabello, Oscar Elías Biiscet, Raúl Rivero, esses 75 valentes, esses 75 cubanos que representam a dignidade e a coragem que não possuem os que se desesperavam de vontade de chegar para servir ao chulo jinetero Fidel Castro, esses milhares de cubanos que morrem de esquecimento, de solidão, de silêncios porém que possuem a grandeza do valor e da coragem, e que imagino dizendo: Hoje é 30 de junho, o “30 de junho” número 45 do calvário eterno desta revolução maldita! Hoje é outro dia a mais que se soma aos milhares que em quase meio século tem transcorrido e cobrado vidas, sonhos, esperanças de um povo que não merece nem o verdugo amoral e transgressor que o oprime, nem essa espantosa mostra do “Homem novo” que Castro formou e que neste 29 de junho, no aeroporto de Miami, serviu leal e efetivamente a seus desejos e a seus planos.



Se algum desses que gritaram, chiaram, ameaçaram no aeroporto de Miami e por isso se juram valentíssimos, esta mulher venezuelana lhes diz que lhes desprezo e lhes tenho uma profunda lástima. Com vocês, Cuba não recuperará jamais a liberdade! Com vocês, o sátrapa assassino se refastela! Ah! Se aceitarem meu conselho e se forem em balsa, por favor saúdem a Elián! Talvez decidam ir para ver e satisfazer mais ainda sua morbidez!



Por isso tenhamos muito claro, venezuelanos: há que dizer SIM! neste encontro para expressar nosso voto, porque a VENEZUELA SAIRÁ SIM DESTE PESADELO! A Venezuela não será a segunda Cuba, onde se tem que viver das migalhas que um verdugo lança. Nos vejamos no doloroso espelho cubano!



NetforCuba International - http://www.netforcuba.org



Tradução: G. Salgueiro



terça-feira, 29 de junho de 2004

Peço desculpas aos amigos pela não edição de ontem do Notalatina, que estava pronto mas um problema técnico impediu-me de editá-lo.



Nesta edição, duas notas relativas a Cuba: o chamamento de um cubano residente no sul da Flórida, para aqueles que estão contra as medidas que entrarão em vigor em 30 de junho que impedem as viagens de cubanos à ilha, como antes, bem como às remessas que antes eram ilimitadas. Há que se levar em conta que toda esta movimentação de dinheiro, quer seja via remessa de dólares, quer seja viajando para a Ilha, só e sempre beneficiam o sangrento ditador, pois tudo passa pelo caixa do governo. Iludem-se aqueles que pensam que comprar nas lojas dolarizadas beneficia os cidadãos comuns, considerando que estas mesmas lojas pertencem ao governo e, portanto, seus lucros acabam engordando as contas pessoais do tirano.



A outra nota referente a Cuba é um grave alerta de que os castro-comunistas nos Estados Unidos estão ligando insistentemente, como cubanos, à Casa Branca, pedindo a suspensão das novas medidas. Faz-se necessário que a dissidência cubana, que sabe os benefícios que esta lei veio trazer ao povo cubano da ilha, faça um contra-ataque telefonando, também, apoiando tais medidas. O monstro do Caribe está desesperado com isto pois ele sabe, embora hipocritamente viva alardeando aos quatro ventos que “não lhe faz falta alguma” (como fez no início do ano em relação à ajuda que era fornecida pela UE), que esse freio de remessa de dólares irá minguar seu caixa, uma vez que o turismo e as remessas feitas pelos familiares são as aquecedoras da economia cubana.



E para encerrar, um fato violento ocorrido sábado na Argentina, promovido pelos vândalos conhecidos como “piqueteros” e que o comunista presidente Kirchner não admite “que a polícia reprima”, tal e como ocorre aqui com os vândalos do MST e MTST, eufemisticamente apelidados de “movimentos sociais”. Esta gente só tem “direitos”; os deveres ficam para os cidadãos de bem que contribuem com impostos, trabalham e são cumpridores das leis.



CUBA: Olho com o que pedem!



Por: Guillermo I. Martinez



O debate entre os que são favoráveis ao embargo econômico a Cuba e os que estão contra o mesmo, continua em ambos os lados do estreito da Flórida. As pessoas não crêem que as restrições comerciais e que limitar viagens pessoais a Cuba vão conseguir debilitar o regime de Castro, e ajudar os candidatos republicanos a ganhar as eleições em novembro – principalmente, entre eles, o presidente George W. Bush.



Aqueles que pensam o contrário, queixam-se amargamente. Eles dizem que as medidas que entram em vigor em fins deste mês, só prejudicam ao povo cubano que necessita dos remédios, comida, roupa e dinheiro, que lhes mandam seus familiares no exílio. Eles estão seguros de que estas medidas não vão debilitar a Castro, senão a fortalecê-lo.



Esta semana, até mesmo Castro participou da guerra de palavras. O líder cubano advertiu os Estados Unidos – em um discurso lido, para não equivocar-se – que se “Washington continuasse se intrometendo nos assuntos internos de Cuba, o acordo migratório entre ambos os países perigava”. Isso há que interpretar-se como uma ameaça de que Cuba, uma vez mais, está disposta a permitir aos cubanos que abandonem a ilha de forma desordenada.



Castro também instou os cubanos do sul da Flórida a que votassem no Senador John Kerry em novembro, como se seu conselho servisse para algo neste país.



A discussão cresce em tudo, menos em lógica



Ambos os lados esquecem que um eixo crucial nas relações entre Cuba e Estados Unidos são as condições de privilégio com as quais os cubanos entram neste país. Em 1966, o presidente Lyndon B. Jonson assinou a Lei de Ajuste Cubano que permite aos que nasceram na ilha tornarem-se residentes norte-americanos de forma legal, 12 meses depois de haver chegado em território estadunidense. Essa lei foi modificada pelo presidente Bill Clinton, em 1994, ao diferenciar entre os cubanos que chegavam em terra firme norte-americana, os chamados “pés secos”, que mantêm seus privilégios, e os interceptados antes de chegar à costa, os “pés molhados”, que são repatriados para Cuba.



Há que entender que a Lei de Ajuste Cubano é um privilégio que só beneficia cubanos. Os haitianos que fogem da violência e da fome têm que tratar de demonstrar que seriam perseguidos políticos para poder permanecer no país. É uma diferença que todas as administrações norte-americanas têm respeitado porque sempre creram que os cubanos são refugiados políticos. A lei nasceu em plena Guerra Fria e hoje muitos esquecem ou ignoram isto.



Os que protestam pelo direito de visitar seus familiares e mandar-lhes remessas de modo regular, devem recordar os benefícios que vêm com a Lei de Ajuste Cubano. Todos os cubanos que chegam aos Estados Unidos vêm sob sua proteção e o governo americano dá por certo que são refugiados políticos.



Todavia, as pesquisas nos dizem que são estes mesmos cubanos recém-chegados que recorrem aos benefícios da dita lei, os que regressam com maior freqüência a Cuba, os que mandam mais dinheiro, os que protestam mais pelas mudanças recentes. Eles falam de familiares próximos, porém a realidade é que voltam até para ver seus amigos. Vão a Cuba sem tormento e sem se importar que quem tem a chave de ingresso e egresso à ilha é o governo cubano.



A este grupo não importa que Cuba não permita que outros cubanos possam viajar. Tampouco lhes parece mal que tudo o que compram é em lojas de propriedade do governo cubano, e que só enriquecem a este mesmo governo. O que não entendem muitos cubanos – nem sequer os que chegamos antes deles – é que não podemos estar bem com Deus e com o diabo. Não podemos dizer que em Cuba governa um ditador que nos força a abandonar nossa pátria e que nos perseguiria se regressássemos a ela. Não podemos dizer se poucos meses depois de chegar aos Estados Unidos e nos acolher a Lei de Ajuste Cubano, fazemos uma viagenzinha para ver nossos amigos e familiares em Cuba.



Mas atenção, que não falo daqueles casos que necessitam viajar por motivos estritamente humanitários. Há que olhar este assunto com lógica. Não é a mesma coisa ir ver uma mãe gravemente enferma, e os 15 anos de uma sobrinha que vai vestir roupa nova e receber presentes que vêm dos Estados Unidos.



Os que muito protestam devem observar o que pedem



Se continuarem insistindo em viagens abertas e contínuas a Cuba, o próximo passo podia ser o fato de eliminar a Lei de Ajuste Cubano. Isto é, que os que querem viajar para visitar familiares e amigos e mandar-lhes dinheiro de modo regular, não são refugiados e este país não deve dar-lhes a entrada como tal. Eles devem esperar seu turno para vir aos Estados Unidos como faz todo o resto do mundo.



* Guillermo I. Martínez reside no sul da Flórida



Fonte: lavozdecubalibre.com



Aviso importante



Nos comunica um informante de confiança, desde Washington, que a Casa Branca está recebendo diariamente dezenas de chamadas feitas, supostamente, por cubano-americanos protestando contra as medidas que entrarão em vigor em 30 de junho, contra a tirania castrista. Nas chamadas “exigem” que não se ponha em vigor essas medidas e que elas sejam suspensas, como se fez com o complemento da Lei Helms-Burton. É necessário que os que apoiam as medidas contra Castro, o façam constar no mesmo número de telefone, pois existe a possibilidade de que se a Administração estima que a absoluta maioria dos cubano-americanos desaprova a medida, esta seja suspendida tal e como clama desesperadamente o próprio Fidel Castro. O número a chamar na Casa Branca, de segunda à sexta-feira e em horário comercial é: 1-202-456-1111



Fonte: lavozdecubalibre.com



“Piqueteros” tomam a comissaria e bloqueiam ponte na Argentina



BUENOS AIRES, 26 de junho (AP) – Centenas de “piqueteros” mantinham interrompida, no sábado, uma das pontes que une a capital com a província de Buenos Aires, como lembrança dos companheiros assassinados em 2002, enquanto outro grupo tomou uma comissaria usando como desculpa a morte de um manifestante.



O grupo radical de esquerda “desocupados” do Movimento Aníbal Verón, mantém interrompida desde a sexta-feira, a Ponte Puervredón, que une o sul de Buenos Aires com a capital, onde há dois anos morreram dois jovens quando a polícia tentava reprimir outro protesto similar.



A jornada de repúdio contra o governo Kirchner culminará com uma marcha ao Palácio do Governo no qual os manifestantes exigirão vingança pela morte de Maximiliano Kostei e Darío Santillán, cujo suposto executor – um comissário da polícia da cidade de Buenos Aires – ainda não foi condenado.



O escândalo que provocou aquele episódio obrigou o então presidente Eduardo Duhalde a encurtar sua permanência no governo, e a antecipar o chamado às eleições, conseguindo Kirchner ocupar o poder graças a esses eventos. Por sua parte, a organização esquerdista Federación Tierra y Vivienda (FTV), que é liderada pelo piquetero desocupado Luis D’Elía – supostamente aliada ao governo de Néstor Kirchner, - tomou durante a manhã uma comissaria do bairro de La Boca, em protesto pela confusa morte de um militante do setor.



“Assassinaram a um dirigente da FTV da capital, Martín Cisneros, de uns 40 anos... Foi morto por um conhecido traficante de drogas, em cumplicidade com a comissaria. Nós sabíamos que isto ia acontecer”, disse D’Elía à imprensa.



O governo tem-se mostrado preocupado com a atitude do setor “duro” dos piqueteros, aos quais acusa de estar buscando um enfrentamento com as forças de segurança, para provocar desordens e saques no comércio. Nos últimos dias, esses grupos puseram o governo à prova, interrompendo itinerários e pontes e ocupando e saqueando locais de comidas rápidas, e até o vestíbulo de um luxuoso hotel repleto de turistas.



Também ocuparam as cabines de pedágio de várias auto-pistas e se apoderaram das bilheterias de um importante terminal ferroviário, exortando o público a viajar grátis nos trens. Os piqueteros “duros” alegam que suas ações são em respaldo às demandas por mais dinheiro para os desempregados.



O governo de Kirhcner reiterou que não recorrerá à repressão policial para frear os “protestos sociais”, os quais se converterão a qualquer momento em saques e destruição de fábricas e oficinas.



Fonte: lavozdecubalibre.com



Traduções: G. Salgueiro