quarta-feira, 29 de setembro de 2004

Confome eu prometi ontem, o Notalatina traz hoje informações sobre a Venezuela, com dois artigos: um de um amigo, Patricio Rubio, sobre a falácia do “Fome Zero” (nem todo mundo lá fora é idiota; há pessoas com muitos neurônios ativos e olhos que vêem) e o outro do Gen. Enrique Medina Gómez, por quem nutro grande admiração pela inteireza de caráter e corência de ações.



Mas não é só isso. Há informações sobre os bastidores da canalhice reinante no “reino do Chapolim de Miraflores”, “El Comandante Chávez”, que comenta-se à boca miúda nas ruas venezuelanas mas os jornais pouco ou nada dizem a respeito.



E, finalmente, vem de Cuba um estudo acerca do índice de suicídios na Ilha-Cárcere – assustador -, digno de uma reflexão mais detida se se quiser, de fato, entender o estado da alma de um povo que vive sob a constante opressão de um monstro tirano, há malditos 45 anos, ininterruptos. O estudo é da Organização Mundial de Saúde, órgão da ONU e está um pouco defasado no tempo mas, ainda assim, dá para se fazer uma projeção aos dias de hoje.



Por hoje é só. Fiquem com Deus e até amanhã!



FOME ZERO



Patricio Rubio



O presidente Lula lançou desde sua tomada de posse, um programa social com o demagógico nome de “Fome Zero”. O objetivo anunciado pelo programa é encomiável porém, a maneira de consegui-lo é equivocada e, provavelmente, aumente a fome. Vejamos: dar alimentos como esmola aos que têm fome, não soluciona nada. Nas mesmas fotos do Governo observam-se mulheres famintas e mal alimentadas com 4 ou mais filhos.



A primeira pergunta é: Por que a mulheres que não podem alimentar-se a si mesmas, se lhes permite ter tantos filhos? Outra questão importante é: Por que não pode alimentar-se a si mesma? Claro, não há empregos disponíveis para pessoas com as habilidade que elas têm, ou seja, que a educação que receberam foi péssima. Não lhes ensinaram a ganhar a vida. É óbvio que recebendo alimentos de brinde, não soluciona sua falta de educação, nem o problema da fome, pois quando deixar de receber os alimentos de presente, a fome voltará de novo.



Pede-se para resolver o problema da fome, ajuda dos países chamados “ricos”. Lá há dois problemas graves que não foram considerados. Esses problemas são o roubo de recursos por funcionários dos países “pobres”. No caso do Brasil, quantos funcionários de governos anteriores foram julgados e condenados por apropriar-se de dinheiro do governo? E do Governo de Lula, quantos foram julgados e condenados pelo mesmo? Em lugar de pedir esmola aos países ricos, soa muito mais lógico imitar as leis desses países que lhes têm permitido desenvolver-se.



Claro que para os comunistas isso soa como um anátema; eles, em lugar de aceitar a causa real do fracasso do comunismo, porque a economia marxista não funciona, agora atribuam a culpa do fracasso a quem adoravam antes, o criminoso Stalin.



Em lugar de deixar a educação livre e o Estado dá-la aos que não podem pagá-la, em todos esses países pobres as escolas são reguladas e os controles o faz o Estado. Como o roubo dos recursos públicos é comum em todos os países com fome, os que mandam se ocupam de que, através de a ou b, a Justiça não seja rápida, ativa e cega.



NOTÍCIAS ENCOBERTAS DO GOVERNO VENEZUELANO



Um grupo de 5 soldados venezuelanos e um engenheiro da PDVSA foram assassinados por um destacamento de irregulares colombianos. Segundo o Ministro da Defesa colombiano, foram membros das FARC. Como Chávez é amigo das FARC, o Ministro da Defesa venezuelano disse que “provavelmente” foram Paramilitares colombianos.



Parece que na Venezuela há 16 acampamentos da Guerrilha colombiana, onde se recuperam dos danos causados pelo Exército colombiano, e adestram os Guerrilheiros chavistas da Frente Bolivariana de Libertação (FBL) que, segundo Chávez não existem, porém que extraem comunicados na VEA, o jornal de Chávez.



OPOSIÇÃO... A QUEM?



O sabor amargo que deixou em todos nós o evento de 15-A, não é apenas produto do resultado fraudulento, mas também tem a ver com as dúvidas, acrescentadas ao longo destes últimos dias, que recaem na direção opositora. São muitas as perguntas sem respostas e muitas as ações e comportamentos que parecem não ajustar-se à verdadeira essência do que politicamente queremos fazer, e que é motivo de tanta controvérsia e a razão mesma de luta de tantos venezuelanos: derrotar uma tirania.



Já pouco importam as explicações sobre o porquê se aceitou, tão de boa-fé, acorrer a um processo que nasceu, cresceu e finalizou viciado. Sabemos de sobra o resultado obtido com as cedulações massivas, com a rápida nacionalização de milhares de estrangeiros, da aquisição de determinadas máquinas de votação e “caça digitais” sem processo de licitação e controle de nenhum organismo, da migração intencional de votantes para centros de votação de difícil acesso, e paremos de contar. Isso telegrafava claramente a intenção do regime e os resultados que cabia esperar. Todavia, apesar de todos estes indícios, a atitude do governo e a grosseira interferência do CNE, obstinadamente se insistiu em negociar antes de confrontar de uma vez, o modelo totalitário que pretende impor-se.



Insolitamente, insiste-se em continuar atuando de acordo com os interesses oficialistas, alegando-se que é para manter espaços democráticos? Isto é insólito porque já faz tempo que na Venezuela o conceito de democracia deixou de ter o significado com o qual nos identificamos. Nos assombra observar uma choradeira permanente que em nada contribui para dar saída ao problema. Voltamos a dar espaços e tratar de colocar de novo dentro da situação, da qual saíram rápida e com assombroso alívio para eles, a OEA e o Centro Carter, que demonstraram sobejamente, o que tinham vindo fazer em nosso país.



O importante agora é reconhecer que a revolução Chavista não teve escrúpulos em utilizar qualquer argúcia para manter o poder e continuarão fazendo. Entretanto, reforçam a matriz de opinião internacional do caráter democrático do governo e para isso gastam grandes quantidades de dinheiro fazendo propaganda, pagando anúncios, contratando lobbistas e enviando representantes especiais a quase todos os continentes. Porém, para complementar sua argumentação também necessitam de uma oposição. Isso sim, uma que atue de acordo com os interesses governamentais e não ponha em risco a consolidação revolucionária. Lamentavelmente, esse caminho o tomou a direção opositora, fazendo a cama ao regime para que se legitime internacionalmente e fazer parecer nossos reclamos e luta pela liberdade e democracia, como um tropicalíssimo próprio destes países e de gente que resiste a perder seus privilégios.



Ninguém deve duvidar de que o regime utilizará os mesmos ou outros mecanismos de fraude nas próximas eleições regionais para ganhar, apesar do que dizem agora as pesquisas.



Já se demonstrou a eles mesmo e a nós, o que podem fazer. Impõe-se, então, assumir uma atitude séria, de confrontação e deixar de uma vez por todas de fazer o jogo do Governo



28 de setembro de 2004.

Enrique Medina Gómez

General de Divisão do Exército



Fonte: www.gentiuno.com



OMS: CUBA É O PAÍS DA AMÉRICA LATINA COM MAIOR ÍNDICE DE SUICÍDIOS



Em 1996 tiraram a própria vida, na Ilha, 2.015 pessoas. Delas, 703 tinham entre 25 e 44 anos e 241 eram jovens com idades entre 15 e 24 anos.



Cuba é o país da América Latina com maior índice de suicídios, revelou um informe da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado esta semana.



“Na América Latina Cuba destaca-se em primeiro lugar, com uma alta taxa de suicídio, em segundo lugar o Brasil e a Colômbia em terceiro lugar”, disse Jesús Ramón Gómez, psicólogo e diretor da Fundação Amor à Vida, uma Organização Não Governamental colombiana dedicada à prevenção do suicídio, informou a BBC.



Não obstante, a OMS – uma agência das Nações Unidas – afirma que a América Latina é uma das regiões com taxas mais baixas de suicídio. O mesmo ocorre em países muçulmanos e alguns asiáticos; os índices mais altos registram-se no Leste Europeu.



Quanto à Ilha, os últimos dados que o informe recolhe são do ano de 1996, quando 2.015 pessoas tiraram a própria vida. A maioria delas (1.354) era homens e 241, jovens entre 15 e 24 anos. A cifra mais alta dos suicídios registrados em 1996 (370), correspondeu a pessoas entre 35 e 34 anos. A este grupo seguiu-se o das idades compreendidas entre 35 e 44 anos (333) e a este, o dos maiores de 75 anos (289).



O informe da OMS incluiu tabelas sobre o comportamento da taxa de suicídios em Cuba entre 1963 e 1996. No primeiro ano, a taxa foi de 10.2 po cada 100.000 habitantes. No último, a cifra havia subido para 18.3. O pior ano dos assinalados no documento foi 1992, com uma taxa de 21.3 suicídios por cada 100.000 habitantes; seguiu-se 1995, com 20.3.



Segundo a OMS, a cada 40 segundos alguém tira a própria vida no mundo. Os suicídios são quase a metade de todas as mortes violentas que se produzem e estão acima dos homicídios e as mortes em guerras. “Falar de suicídio acima de três para cada 100.000 habitantes, deveria ser um fator que acendesse todos os alarmes sociais”, disse Jesús Ramón Gómez à BBC.



O experts têm alertado sobre o fato de que para cada suicídio que se concretiza, podem até produzir-se 20 tentativas falidas que provocam lesões, hospitalizações e traumas emocionais. O responsável pela área de transtornos mentais e cerebrais da OMS, José Bertolote, afirmou que, se se considera este dado, alguém tenta suicidar-se a cada segundo.



Em nível mundial, o suicídio representa 1.4% da carga de morbidade e seus efeitos psicológicos e econômicos repercutem fortemente e por longo empo no entorno da vítima. Bertolote explicou que, contrariamente ao que muitos pensam, a pobreza não é um fator de risco em si mesma, senão que são bem mais circunstâncias como a perda do emprego, e a conseqüente deterioração do nível de vida as que levam as pessoas à depressão, a perder sua auto-estima e o desejo de viver. “O suicídio não é inveitável, pois a maioria das pessoas que o tentam, na realidade não desejam morrer, senão, poder viver como querem”, comentou por sua parte o presidente da Associação Internacional para a prevenção do Suicídio, Lars Mehjum, segundo citou EFE.



Mehlum sublinhou a importância da prevenção médica e de tratamento preventivo nos casos de depressão que podem conduzir a tentativas de suicídio.



Fonte: NetforCuba International - www.netforcuba.org



Traduções: G. Salgueiro





terça-feira, 28 de setembro de 2004

Após vários dias sem atualizar o Notalatina, por questões de saúde, volto hoje com toda a indignação de que meu espírito é capaz, diante de tanta vilania e barbaridade cometida contra seres humanos pacíficos que apenas reclamam o direito à LIBERDADE e uma vida digna.



É claro que estou me referindo a Cuba e aos inúmeros presos de consciência que padecem – e apodrecem - sob o chicote de monstros inumanos, nos cárceres do abjeto “Coma-Andante” Fidel Castro.



A América Latina sangra, ela inteira, sob a ascenção do castro-comunismo que se alastra como fogo em mata seca. A corrupção, os conchavos com terroristas e a internacionalização dos países em quase toda a América Latina estão acontecendo bem debaixo de nossos narizes, mas hoje quero dedicar-me apenas aos presos-políticos cubanos, pois as notícias que me chegaram de lá são alarmantes, deprimentes e impossíveis de ler e calar, sob pena de me tornar cúmplice destes crimes. Amanhã trago as notícias de que me referi sobre os outros países.



São apenas três, as notícias sobre os presos, mas uma delas nos fala de uma exposição que será feita em Estrasburg, em homenagem ao poeta e escritor Raúl Rivero, e que está sob a coordenação de dois jornalistas que foram correspondentes em Cuba e expulsos – óbvio! –, por terem revelado ao mundo os horrores da ditadura maldita do abutre do Caribe. Refiro-me a Corinne Cumerlato e Denis Rousseau, autores da obra “A Ilha do Dr. Castro” que foi quase como uma bíblia para mim, no início de meus estudos sobre o que se passava naquela ilha paradisíaca, transformada no maior campo de concentração e presídio do mundo.



Rogo a Deus que tenha misericórdia desses pobres homens jovens, adultos ou mesmo os já entrando na velhice, como é o estúpido caso do economista e escritor Oscar Espinosa Chepe, cuja saúde inspira enormes cuidados e pela qual eu temo e choro, sinceramente. Lembro, antes da abominável “Primavera Negra de Cuba”, dos excelentes artigos escritos por Chepe ou os belos poemas de Rivero, agora silenciados à força de uma ação espúria, demoníaca, plena de inveja, incompetência e ódio.



Bem, se Deus me permitir e me der forças, amanhã o Notalatina volta ao seu ritmo normal, afinal, meus problemas são, sem sombra de dúvida, menores dos que esses que me chegam ao conhecimento e cumpre-me denunciar. Outro dia eu li alguma coisa que dizia mais ou menos que o mundo não era tão ruim por causa das ações dos homens maus, mas pela omissão dos bons. Não me julgo boa, tampouco má, mas não quero pecar pela omissão. Por isso, elegi este espaço para gritar aos quatro ventos toda a podridão e miséria humana que é praticada pelos comunistas, e que canalhamente se omite da população.



Todas essas informações me chegaram através do incansável trabalho do meu amigo Pablo, cujo site recomendo com veemência a todos que queiram inteirar-se da situação monstruosa que padecem os presos políticos cubanos; vão lá! http://www.payolibre.com/presos.htm, ou para conhcer a situação e ver a foto dos que cito nesta edição, segue após a nota o link correspondente.



Fiquem com Deus e até amanhã!



CHAMADO URGENTE: SALVEMOS LUIS ENRIQUE!



Tomado de PENHACUBANA/CANARICUBANOTICIAS em 27 de setembro de 2004.



Luis Enrique Ferrer García, um dos mais jovens dos Prisioneiros da Primavera de Cuba (com 28 anos de idade; o mais novo, Lester, tem apenas 27 anos) e o de mais alta condenação de prisão, declarou-se em greve de fome. Segundo pode comunicar o próprio Luis Enrique à sua esposa Milka, mãe de sua filhinha de um ano e meio, Maria Libertad, ele estará em greve de fome “até o final”.



Esta decisão foi tomada, não obstante nossas recomendações e as de sua família para que não o fizesse, porém devido ao tratamento sádico e os golpes que tem recebido, viu-se obrigado a tomar esta dramática decisão. Luis Enrique foi transferido no mês de agosto para a chamada Prisão Juvenil de Santa Clara. Estando lá, foi selvagemente golpeado por sete oficiais da Segurança do Estado e da Prisão, arrancando-lhe as roupas do corpo à força até deixá-lo completamente nu.



Hoje ele comunicou à sua esposa que um dos guardas lhe apertou fortemente pelo pescoço, lhe maltratou e ameaçou gravemente na cela de castigo em que se encontra. A este prisioneiro quiseram recolher com prisioneiros comuns, muito perigosos, e seu protesto foi castigado com esta jaula, onde se encontra agora.



Finalmente, sua esposa nos informa que Luis Enrique denunciou que, no dia de hoje, tiraram o que lhe pareceu ser o cadáver de um prisioneiro que enforcou-se, depois de haver recebido no dia anterior um violento e humilhante golpe por parte dos guardas da penitenciária.



Denunciamos este tratamento macabro e cruel nas prisões cubanas e chamamos a defender a vida de Luis Enrique Ferrer, a quem não abandonaremos em nenhuma circunstância. Ele encontra-se injustamente encarcerado, apenas por promover o Projeto Varela. Luis Henrique é o coordenador do movimento Cristão Libertação e do Projeto Varela na cidade de Las Tunas e foi sentenciado a vinte e oito anos de prisão, quando, durante o julgamento, convidou os membros do Tribunal a assinar o Projeto Varela.



Oswaldo José Payá Sardiñas

Coordenador do Movimento Cristão Libertação



MÁS INFORMACIÓN SOBRE LUIS ENRIQUE FERRER GARCÍA



ROGAM AO PAPA, AO REI, A MANDELA E A ANNAN QUE INTERCEDAM POR UM PRESO POLÍTICO MUITO ENFERMO



A mãe e a esposa do preso político cubano Oscar Espinosa Chepe – condenado a 20 anos de cárcere em um dos julgamentos sumaríssimos que seguiram à onda repressiva de março de 2003 -, solicitaram ao Papa, a Nelson Mandela, ao Rei Juan Carlos e a Kofi Annan, assim como a vários governos que mediem para conseguir a “libertação imediata” dele, dado seu precário estado de saúde.



“A vida de Oscar Espinosa Chepe corre perigo, ao complicar-se progressivamente seu deteriorado estado de saúde, sem que receba a atenção médica adequada, nem sua família tenha acesso aos médicos e ao tratamento que podem lhe estar aplicando”, afirmam na missiva Clara Chepe e Miriam Leiva, mãe e esposa respectivamente deste economista independente de 63 anos, condenado a 20 anos de reclusão, pelos tribunais da ditadura comunista cubana.



Espinosa encontra-se atualmente internado no hospital da prisão de segurança máxima Combinado del Este (Havana). Segundo referem em seu escrito Clara Chepe e Miriam Leiva, ele padece de um câncer de pele, cirrose hepática, hipertensão arterial e hérnia de hiato, além de problemas de próstata.



“Resulta indispensável a liberdade imediata de Oscar Espinosa Chepe, pois seus padecimentos complicam-se sem que conte com as condições requeridas”, acrescentam. Por isso, rogam aos dignatários receptores da missiva que intercedam “para que Oscar possa prolongar um pouco sua vida ou, ao menos, viver o pouco tempo que lhe resta em liberdade”.



PARA MÁS INFORMACIÓN SOBRE OSCAR ESPINOSA CHEPE



CONTINUA FUSTIGAMENTO CONTRA RAÚL RIVERO



CIENFUEGOS, 20 de setembro – (Marvin Hernández Monzón, Cuba Press/www.cubanet.org) – As autoridades carcerárias mantêm o fustigamento contra o poeta e jornalista Raúl Rivero Castañeda, em Canaleta, cárcere de segurança máxima de Ciego de Ávila, cidade do centro-oriente cubano.



Em 19 de agosto o oficial do Departamento de Segurança do Estado (DSE), Ariel, sacudiu e empurrou o intelectual. Desde então, dois réus comuns de um destacamento distante do de Rivero Castañeda chegam até sua cela para provocá-lo.



De acordo com a informação de Blanca Reyes, esposa do escritor cubano, os réus convidados Eduardo Díaz Pérez e Carlos Cruz Seguí, de quem se sabe terem familiares em postos governamentais, não têm obstáculos para ir até a cela do poeta e lançar suas invectivas.



Por outro lado, Blanca Reyes assinala que seu marido perdeu 80 libras de peso corporal (cerca de 36 kilos) e está se queixando de dispnéia e tosse permanente, como conseqüência do enfisema pulmonar de que padece, nas condições inadequadas da prisão onde o mantêm desde abril de 2003, junto com o impedimento de que receba os medicamentos que ela lhe leva.



Raúl Rivero Castañeda, de 58 anos, escritor, jornalista e autor de vários livros de poesia, é diretor da agência independente de notícias Cuba Press, e cumpre uma sanção de 20 anos de prisão.



PARA MÁS INFORMACIÓN SOBRE RAÚL RIVERO



COMUNICADO DE IMPRENSA

Estrasburg, 16 de setembro de 2004



O município de Estrasburg dedica a exposição “A Liberdade guiando o povo”, de Eugéne Delacroix, AO POETA ENCARCERADO RAÚL RIVERO.



Quarta-feira à noite, o presidente da Comunidade Urbana de Estrasburg, Robert Grossmann, dedicou ao poeta cubano Raúl Rivero, sentenciado a 20 anos de cárcere, a exposição do célebre quadro de Eugéne Delacroix “La Liberté guidant le peuple”, que estava inaugurando.



Esta obra maior do pintor francês pertence ao museu do Louvre de Paris, que a emprestou a título excepcional ao museu das Belas Artes de Strasburg, capital do Parlamento europeu e da Corte européia dos direitos humanos.



Destacando a carga simbólica dessa gigantesca composição, pintada em 1830 quando Delacroix em pessoa participava da revolução que tirou Carlos X do trono da França, o Presidente da CUE aludiu à situação dos opositores pacíficos de Cuba, condenados ao cárcere por uma revolução que traiu os ideais da Revolução Francesa.



Essa exposição ficará aberta até 12 de dezembro de 2004, no Palácio dos Rohan da cidade. A Junta de Estrasburg apadrinha o poeta e jornalista cubano desde seu encarceramento, por iniciativa da organização Repórteres Sem Fronteiras.



Contato: Collectivo Solidariedad Cuba Libre

Corinne Cumerlato e Denis Rousseau



CAMPANHA CUBANA PELA LBERDADE DE PRISIONEIROS DE CONSCIÊNCIA



Fonte: http://www.payolibre.com/presos.htm



Traduções: G. Salgueiro