quarta-feira, 8 de junho de 2005

A semana começou quente, com notícias preocupantes na Bolívia, na Venezuela mas o que eu quero abordar hoje, de modo especial, é sobre o Governo Mundial da ONU e seus “ministérios” que, malgrado pessoas bem intencionadas não queiram enxergar que este órgão é hoje absolutamente comunista, dominado por republiquetas miseráveis que se escoram nos grandes países canhotos, suas atitudes e deliberações apenas corroboram o que há tempo algumas cabeças lúcidas, como o filósofo e jornalista Olavo de Carvalho e o Dr. Heitor De Paola vêm afirmando com insistência e provas.


Em princípios deste ano a Comissão de Direitos Humanos da ONU, através dos 11 países que compõem o bloco da América Latina designaram Cuba, no encontro havido em Genebra, para integrar o “Grupo de Situações” das Nações Unidas, cuja função é “avaliar, julgar e condenar” países que de algum modo “violarem” os direitos humanos de seus cidadãos.


Qualquer pessoa minimamente informada sabe que, na América Latina, Cuba é a campeã neste quesito, desde que Fidel Castro tomou o poder e instaurou um regime ditatorial comunista na ilha. Convido o leitor a acessar estes dois links do Mídia Sem Máscara, que remetem para esses fatos alarmantes e que a mídia tem por hábito omitir, quando não depositar seu descarado e criminoso apoio ao genocida ditador Fidel Castro e sua maldita revolução: http://www.midiasemmascara.org/artigo.php?sid=3296 e http://www.midiasemmascara.org/artigo.php?sid=3266.



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Muito bem, mas Cuba não é só campeã em crimes por fuzilamento, ou por violar direitos humanos com prisões em massa, com julgamentos sumaríssimos e que a sacrossanta ONU faz de conta que não vê: ela é, também, a maior ilha-cárcere do mundo, pois quem não está preso nas mais de 200 infectas masmorras, está “preso” pela falta total de liberdade de expressão e circulação, da ausência de livre iniciativa econômica, liberdade de professar uma religião cristã, liberdade de trabalho. Ou se trabalha para o regime, que se ufanou recentemente de ter “aumentado” o salário mínimo para 10 dólares ao mês, ou se faz “bico” (ilegalmente, diga-se de passagem) guiando táxi, na “jineteria”, ou vendendo quinquilharias para turistas endinheirados. Há ainda uma opção arriscada mas muito comum que é a venda e contrabando de “puros”, rum de duvidosa fabricação, drogas e dólares. Um profissional de nível superior consegue, no máximo, um salário de 20 dólares/mês.


Apesar disso, a notícia aberrante e que não vi estampada em nenhum jornal brasileiro nem como notinha de rodapé – e se o fizesse seria para louvar a iniciativa –, foi dada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) – o Ministério do Trabalho do Governo Mundial da ONU -, que nesta última segunda-feira, reunida em Genebra, elegeu Cuba como MEMBRO TITULAR DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA OIT.


Segundo o jornal oficial cubano, o Granma, a reunião foi assistida pelo ministro do trabalho cubano, Alfredo Morales. Este Conselho de Administração é o órgão executivo da OIT que é composto por 56 membros titulares (28 representantes de governos, 14 de empregadores e outros 14 de trabalhadores) e de 66 membros adjuntos.


A meu ver, Cuba sequer deveria assentar-se junto a governos democraticamente eleitos, posto ser uma ditadura, de modo que ombrear-se com países que possuem representantes do governo, da classe empresarial e da classe dos trabalhadores, constitui-se numa afronta aos países livres, bem como um desrespeito aos seus quase 11 milhões de escravos.


Entretanto, o que prova o pendor sinistro de tal organização é que desde 1959, quando o abjeto assassino-em-chefe tomou de assalto o poder, Cuba faz parte do Conselho de Administração da OIT onde participou em sete períodos de três anos, seis dos quais como “membro adjunto”, sendo titular apenas no triênio de 1987-1990.


Nesta última reunião Morales admitiu que a eleição de Cuba como titular do Conselho, deveu-se ao “reconhecimento da comunidade internacional às conquistas da Revolução”, dentre as quais mencionou o “pleno emprego, o emprego juvenil, a proteção à mãe trabalhadora, assistência e seguridade social, atenção aos deficientes, e outros que têm sido potencializados na ‘batalha de idéias’ que o Governo desenvolve para melhorar a qualidade de vida de toda a população”.


Gente, isto é um escárnio, uma afronta, uma obscenidade contra o gênero Humano! Onde está a “batalha de idéias”, que supõe a liberdade de expressão, se todos aqueles que ousaram ter idéias contrárias ao regime estão silenciados nas masmorras espalhadas ao longo da ilha? Onde está a “batalha de idéias”, se as bibliotecas independentes foram fechadas e os bibliotecários estão encarcerados com penas que vão até 20 e tantos anos de supressão da liberdade? Onde está o “pleno emprego”, se não for servindo ao regime criminoso como CDR, agentes de Segurança, no Partido ou nas Brigadas de Resposta Rápida? Onde se encontram os “empregos para os jovens”, que estão sendo presos às pencas, por deambularem pelas ruas sem rumo, sem esperança, sem futuro? Leiam no meu último post acerca disto, leiam os links que indiquei acima e a resposta a tal descaramento só pode ser uma: vocês não passam de um bando de hipócritas criminosos e criminosos por conviência são TODOS os países (inclusive o Brasil de “seu” Lula) que apóiam tais crimes!


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E em meio a muita confusão, depredações, atos de vandalismo explícito com explosões de bomba, mais uma vez o presidente Carlos Mesa, da Bolívia, renunciou nesta segunda-feira (6) ao cargo para o qual fora eleito democraticamente e que exerceu por apenas um ano e sete meses.


Tudo isto era previsível, conforme anunciei tempos atrás, posto que o candidato do maldito Foro de São Paulo, o cocalero Evo Morales, não conseguiu ganhar as eleições de 2002 e todas as ações coordenadas, que a imprensa cínica insiste em desinformar chamando de “manifestações espontâneas”, vieram do Foro de São Paulo, com a ajuda do seu mentor Fidel Castro e do seu “pupilo mais amado”, o abjeto Hugo Chávez da Venezuela. Há tempo que é visível o movimento que este sujeito vem fazendo para infernizar a vida do presidente Mesa, e tornar sua gestão ingovernável.


Hoje, Evo Morales declarou que a crise pode desembocar em uma guerra civil, se as autoridades não compreenderem o motivo da mobilização do povo boliviano. Por este “povo”, entenda-se os movimentos indígenas dos quais o cocalero é líder, tendo fundado um partido político – Movimento al Socialismo (MAS) -, legalmente constituído, onde desempenha a função de deputado.


“Na Bolívia, a nação mais pobre e uma das mais convulsionadas da América do Sul, existe um processo de pré-revolução”, disse Morales em uma entrevista em seu apartamento em La Paz, e disse isto com verdadeiro conhecimento de causa, porque seu partido, além de ser a segunda força no Congresso e a primeira nas últimas eleições municipais, é o principal “organizador” das manifestações de rua iniciadas há quase um mês e que levou o preseidente Carlos Mesa a renunciar.


Os protestos em La Paz e na localidade aldeã de El Alto, que nas últimas jornadas se propagaram pelo resto do país, buscam “mudar todas as políticas impostas desde cima e desde fora”, disse Morales. Para o líder indígena “o tema de fundo” do conflito é “uma rebelião frente ao submetimento e a exploração econômica, a opressão política e o alinhamento cultural”. Quem não já ouviu este tipo de discurso? Curioso esses comunistas falarem em “opressão política” em países que “teimam” em manter uma democracia e aplaudirem entusiasticamente a ditadura cubana!


Ainda segundo o líder cocalero, “despertamos, e este é um movimento que não vai parar. Vamos até a libertação”, fazendo alusão à pressão popular nas ruas em demanda da nacionalização do gás e do petróleo. O chefe do Movimiento al Socialismo crê que os outros assuntos que reclamam, a convocatória a uma Assembléia Constituinte e um referendum autonômico, foram mal interpretados. “Frente à Assembléia Constituinte, que é uma proposta que faz parte de uma agenda nacional, a oligarquia cruzenha quer impôr uma agenda departamental com o tema da autonomia”, disse em referência ao empresariado da pujante cidade de Santa Cruz.


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Bem, e uma notícia que também passou em branco e que eu li em jornais de fora do Brasil (como se não tivesse nada a ver conosco), foi que o presidente deposto do Equador, Lucio Gutiérrez, renunciou ao asilo político que lhe foi concedido em 28 de abril pela Chancelaria brasileira.


A coisa pareceu toda muito estranha, pois Gutiérrez, depois de ter sido recebido com pompa e circunstância, sendo resgatado por avião da nossa Força Aérea e hospedado em Brasília, um mês depois de sua mulher ter deixado o Brasil com a filha do casal, vai embora alegando a mesma razão: “motivos pessoais”.


O Itamaraty nada revelou, tampouco comentou a desistência, alegando apenas que “ele era livre para decidir o que queria fazer e o Brasil não tinha direito de opinar”. Apenas isto. Estranho, não?


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E o Notalatina de hoje fica por aqui. A próxima edição será dedicada à Venezuela, mais especificamente sobre a nova lei educacional, um verdadeiro estupro de mentes, um crime de doutrinação marxista descarado e que precisamos estar muito atentos, pois é o modelo que querem implantar aqui, nas nossas escolas e universidades.


Fiquem com Deus e até a próxima!


G. Salgueiro

domingo, 5 de junho de 2005

Hoje o Notalatina apresenta uma edição exclusiva sobre a situação dos presos políticos e de consciência cubanos, com os quais me encontro em débito, em decorrência dos inúmeros atropelos que deixaram o blog sem atualização por um par de meses.


Me impressiona como estes seres humanos, absolutamente inofensivos, não têm uma mídia poderosa para defendê-los, nem passeatas, nem greves ou qualquer tipo de manifestação em seu favor, enquanto o mundo continua a curvar-se, fazer rapapés e concessões ao “dono da vida e da morte” daquela gente escravizada há malditos 46 anos, sob as botas infectas do maior assassino vivo, e impune, do século XX e XXI que atende pelo nome de Fidel Castro.


Semana passada aconteceu em Havana um “Congresso Anti-terrorismo” onde participaram “intelectuais” (orgânicos) de todo o mundo, Brasil, inclusive, para prestar solidariedade e reforçar o pedido de extradição de Posada Carriles, tido, por um monstro inumano como Castro, como “o maior terrorista” dos últimos tempos, cujas ações terroristas jamais ficaram plenamente provadas.



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A hipocrisia desta gentalha toda é nauseante, posto que TODOS eles abrigam, dão acolhida e fazem acordos e conchavos com VERDADEIROS terroristas, dentre eles a Cuba de Fidel (maior celeiro de terroristas da ETA basca atualmente), Venezuela, Brasil e Bolívia, com os terroristas das FARC colombianas e do MIR chileno e a Argentina, do montonero Kirchner, que é arqui-conhecida como o paraíso dos etarras e terroristas da Al-Qaeda, já fartamente denunciados. Isto sem falar que TODOS esses “governos” têm em seus ministérios (sobretudo o Brasil), “ex” terroristas. Com o quê vêm agora criticar o terrorismo que eles mantêm e fomentam no mundo todo há décadas?


Mas, acabo de receber uma nota sobre o encerramento do hipócrita Congresso que faço questão de retransmitir na íntegra, notícia que me chegou do site “Europa “Press” que, inclusive, chama o DITADOR de presidente. Leiam e pasmem com o cinismo, a cara-de-pau, a ousadia, o descaramento desse monstro abjeto.



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“Castro propõe criar um tribunal Latino-Americano contra o terrorismo.


O presidente cubano, Fidel Castro, propôs criar um tribunal contra o terrorismo na América Latina, ao encerrar o congresso de três dias sobre esta ameaça, informou hoje o periódico oficial Granma. (E como ficam as FARC, suas parceiras na organização criminosa Foro de São Paulo?).


A proposta foi acolhida por uma “prolongada ovação”, segundo o Granma, pelas centenas de ativistas, em especial latino-americanos, que assistiram ao “Encontro Internacional contra o terrorismo, pela verdade e a justiça”. Castro precisou que os organizadores do encontro seguirão trabalhando para perfilar a idéia.


Durante o fórum, os participantes, representantes da esquerda latino-americana, puderam escutar testemunhos acerca da Operação Condor (sempre ela!), o aparato repressor coordenado pelas ditaduras da região nos anos 70, que deixou milhares de mortos e desaparecidos nas fileiras da oposição. (Aqui faço um parêteses, porque me é impossível permitir tamanha afronta sem um comentário. E os milhares de mortos, torturados, desaparecidos que este velho abjeto e inumano promoveu e ainda promove na Ilha-Cárcere, são o quê? Amebas? Pedras? Grãos de areia? No final da edição de hoje vocês verão o que este monstro faz com SERES HUMANOS indefesos e pacíficos, apenas por não concordarem com o seu demoníaco pensamento).


Castro aproveitou seu discurso para reiterar a denúncia da cumplicidade do Governo Americano com o anti-castrista Luis Posada Carriles, acusado de terrorismo e a quem Washington tem sob custódia por encargos migratórios. Ele insistiu, do mesmo modo, em que Posada Carriles seja extraditado exclusivamente para a Venezuela.


O presidente cubano qualificou o encontro de três dias celebrado na ilha de “histórico”, e chamou de compatriotas os mais de 600 delegados estrangeiros, “porque não há diferenças entre os que nascemos aqui e os que o fizeram em 60 rincões nada obscuros do planeta”, assinalou, segundo o Granma.


Ao término do fórum, os delegados assistiram no teatro Karl Marx, ao concerto latino-americano em homengem a Victor Jara, o insigne cantor chileno assassinado pela ditadura pinochetista.



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Cienfuegos, Cuba – Muito delicado e preocupante encontra-se o estado de saúde do preso de consciência Dr. Alfredo Pulido, segundo informou sua esposa e Dama de Branco, Rebeca Rodríguez, desde Camagüey. Pulido, que encontra-se recolhido na cárcere Kilo 7, dessa cidade, neste momento encontra-se pendente de passar por uma comissão médica, à qual se dilata o tempo, para avaliar seu estado de saúde, uma vez que é portador de uma bronquite crônica, polineuropatia periférica de causa nutricional pela degradante alimentação dentro da penitenciária.


Padece, além disso, de uma gastroenterite crônica, hemorróidas, desestabilização da pressão arterial e uma cefaléia constante. O Dr. Pulido encontra-se muito pálido, magro e totalmente sem apetite, ao extremo que é necesário trazer os indigeríveis alimentos até sua cela, já que não tem forças nem para caminhar.


Pulido, assinante do Projeto Varela, membro do Movimento Cristão Libertação e da Loja Maçônica, que cumpre uma injusta condenação desde a onda repressiva conhecida como a Primavera Negra de Cuba, em 2003, espera o apoio da comunidade e da Anistia Internacional, assim como a excarceração imediata e incondicional de todos os presos políticos.



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Havana, Cuba – A esposa do dissidente preso Héctor Palacios denunciou uma piora de seu estado de saúde e pediu a intercessão da Cruz Vermelha e outros organismos internacionais ante o governo cubano, para conseguir sua excarceração.


Palacios, de 63 anos, foi condenado a 25 anos de prisão nos julgamentos sumaríssimos que levaram aos cárcere 75 dissidentes na primavera de 2003.


Sua esposa, Gisela Delgado, chamou as instituições internacionais de Direitos Humanos e a Cruz Vermelha Internacional, para interceder ante as autoridades da Ilha para conseguir a excarceração de Palacios, que sofreu seis isquemias cerebrais nas últimas semanas, assinalou uma carta aberta divulgada hoje em Havana.


Delgado atribuiu as isquemias e outras doenças de seu esposo, como hipertensão arterial, cardiopatia, artrose e transtornos digestivos, aos “maus tratos” recebidos no cárcere.


Palacios encontra-se desde 30 de novembro na prisão de Combinado del Este, nos arredores de Havana, porém a transferência “não atenuou sua deterioração progressiva”, acrescentou a carta de Delgado.


O chamamento às instituições internacionais se produz depois de que Gisela Delgado dirigisse uma carta ao ditador cubano, Fidel Castro, solicitando a excarceração de Palacios, ante a gravidade de seu estado de saúde. “Solicito ao sr. a licença extra-penal contemplada pelo Código Penal, tendo em vista a progressiva deterioração das patologias que apresenta Héctor e que estas possam trazer um desenlace fatal para sua vida”, assinalou a carta dirigida a Castro, datada de 17 de maio.


A fórmula de licença extra-penal por motivos de saúde foi utilizada pelo governo cubano para excarcerar 14 dos 75 dissidentes, condenados na primavera de 2003.



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Havana – Tropas especiais em Cuba golpearam selvagemente ao jovem Adrían Alonso Martínez e posteriormente o transferiram para uma cela de castigo do Hospital Psiquiátrico Nacional Mazorra, onde criaram um diagnóstico de demente paranóide.


Tudo aconteceu em 20 de maio do ano em curso, às 11 PM, quando Alonso Marínez transitava pelas ruas de Río Verde, no capitalino município Boyeros, onde se estava efetuando a “Assembléia para promover uma sociedade civil em Cuba”. O jovem em referência, junto a outra pessoa que desconhecemos sua identidade, começou a gritar palavras de ordem anti-governamentais e foram capturados por oficiais de tropas especiais que custodiavam todas as ruas do referido lugar.


Em 24 de maio me dirigi à rua Anita, 27, Interior e Feira e Estrada do Cuervo, Mantilla, Arroyo Naranjo, cidade de Havana, e falei com sua avó, que me disse chorando que seu neto estava desaparecido há vários dias e que toda a família estava desesperada.


Apesar de haver passado quatro dias da detenção e do brutal golpe, não haviam notificado à família sobre o antes exposto, esperando que desaparecessem os hematomas do rosto e corpo da vítima, a quem mantinham sob os efeitos de psicofármacos até o momento de redigir a presente nota.



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Havana, Cuba – O regime de Fidel Castro levantou uma cortina de fumaça com o caso Posada Carriles. Trata de ocultar um engano mais importante desde o ponto de vista estratégico. A juventude que não crê no projeto político castrista está sendo aterrorizada. A “Operação Contenção”, dirigida contra os adolescentes continua. Os meios de comunicação e a atenção mundial concentram-se na trama montada pelo regime contra Bush, Posada e suas supostas atividades.


A incursão contra os adolescentes continua nas zonas do bairro residencial Eléctrico, nesta capital. Novos jovens foram presos. Nenhum cometeu delito. São potencialmente perigosos para a estabilidade política da ditadura. Reúnem-se nas esquinas para beber licor infame. Qualquer um deles levanta sua vista ao céu e exclama: “Não há mais nada!”.


As prisões se produziram no transcurso da última semana. Ocorreram durante a celebração do Congresso da Assembléia para Promover a Sociedade Civil (ASPC) e a descoberta do escritor Gabriel García Marques como agente da inteligência cubana.


O regime castrista, que atravessa a pior fase da situação política e social de sua história, ataca o setor populacional que mais teme: os adolescentes e jovens cubanos, totalmente decrentes e refratários por natureza a ondas e rebeldias, são as vítimas a neutralizar. A continuidade da denunciada operação Contenção e o incremento de uma população penal jovem e adolescente na prisão Combinado del Este, de Havana, é preocupante. Enquanto o regime sinta-se impune, continuará a prática da “limpeza social”.


Do mesmo modo que sucedeu na década de 60, os jovens reprimidos o são a partir do critério seletivo dos oficiais do Ministério do Interior. Algumas vezes, basta que vistam roupa que seja qualificada como “extravagante”! Os jovens presos mais recentemente também são, em sua maioria, negros e mestiços. Os padrões repressivos se repetem. Na opinião de alguns observadores da realidade cubana, marcam uma regressão aos que foram ditados, arrebanhados das décadas de 60 e 70 do século passado.


A conduta contumaz e jurássica do governo cubano deixa poucas expectativas. O desrespeito às liberdades individuais básicas continuam sendo a realidade cotidiana.


Para melhor compreender a indefensibilidade da família cubana, façamos a seguinte abstração: imaginemos essas centenas de jovens e adolescentes aglomerados nas prisões, livres nas ruas. Imaginem-os iracundos na certeza adolescente que não podem morrer. Continuem a abstração imaginando-os reclamar, a golpes de pedradas, futuro e liberdade. Por último, imaginem que alguns destes adolescentes é seu filho.



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Os textos sobre Cuba e seus prisioneiros foram enviados por: www.PayoLibre.com e www.cubanet.org. Visitem estes sites. Eu os recomendo enfaticamente para conhecer a realidade do “povo” cubano, pois a do “dono da ilha” e sua Nomenklatura, é esta de que falam aqui no Brasi como sendo a vida em Cuba de um modo geral. Depois me digam se este crápula assassino pode falar em “Tribunal Penal Latino-Americano contra o terrorismo”, se não for para ser ele o primeiro julgado, com todo o rigor da Lei, de Deus e dos Homens!


Fiquem com Deus e até próxima.


Traduções: G. Salgueiro