sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

"Liderança comuna" ameaça "ordenar eliminar" proprietária do Notalatina

Depois das duas últimas postagens o Notalatina recebeu muitos comentários, mas por um pequeno problema técnico – e passageiro, espero – não estou podendo publicá-los. É claro que nem todos merecem atenção ou divulgação, entretanto há muitos que serão publicados tão logo resolva este problema. Em relação à postagem de ontem sobre as fotos que comprovam que na Venezuela se comete crime eleitoral, recebi por intermédio de um amigo o informe de um blog (que não conheço) chamado “o mascate” dando um “furo de reportagem” copiado cinicamente do Notalatina sem os devidos créditos. E eu provo a desonestidade de quem fez isto porque recebi as fotos misturadas e tive o trabalho de pô-las na ordem seqüencial, do mesmo modo que aparece no tal blog. Não provo isto aqui (porque é um trabalho infrutífero), mas provei a amigos enviando o e-mail que recebi da Venezuela.


O(a) proprietário(a) daquele blog devia se envergonhar de copiar o trabalho alheio. Lembro que na minha infância havia muitos mascates, mas eles iam de porta em porta “vendendo” mercadorias; o desse blog não, ele prefere usurpar o trabalho alheio. Que coisa mesquinha e pobre, meu Deus... Aproveito para informar àqueles que me perguntaram se poderiam reproduzir em seus blogs o que informo aqui que sim, podem publicar e fico muito grata pela deferência, DESDE QUE INDIQUEM A FONTE, de preferência não publicando a matéria completa mas remetendo para o Notalatina.


Mas o motivo desta edição extraordinária é para dar conhecimento publicamente de um comentário que recebi de alguém que se intitula como uma “liderança comuna”. Não costumo dar muita importância a delírios mas este merece um comentário, e o faço intercalando em azul cada parágrafo desta pequena mas eloqüente mensagem. Bem, em primeiro lugar, não posso garantir que a pessoa que escreveu seja a mesma que diz ser (ou parece ser), até porque a rede é um imenso manicômio onde cada um é a pessoa que quer ser, até prova em contrário. Vamos à mensagem, transcrita literalmente:


>“Minha cara, tres observacoes de uma modesta "lideranca comuna":


"1.Seus artigos sao, em geral, bastante precisos quanto ao uso de nossas taticas e quanto a nossos objetivos estrategicos - parabens".


Sim, é verdade, porque não dou chutes a esmo mas estudo há anos, com seriedade e de fontes fidedignas, o movimento comunista internacional e nacional e a mente revolucionária, seus crimes e modos de ação, dos quais você é conivente ou participante. Inteligência serve, dentre outras coisas, para fazer isto que faço aqui, ou seja, alertar os ingênuos e desavisados.


“2.Mas justamente pela sofisticacao de nossa estrategia bem como pelo esmagador poder que conquistamos (com muito trabalho, é bom que se diga), suas denuncias são rigorosamente inúteis".


Aqui você se superestima. Há uma quantidade imensa de estudiosos que, em silêncio e sem nenhum espalhafato, fazem seu trabalho de formiga nas escolas, universidades, agremiações, entre o empresariado. Os projetos comunistas nunca foram para aplicação imediata mas de longo prazo. Também aprendemos com Gramsci a ter paciência e perseverança, para conquistar corações e mentes. Usamos as mesmas táticas de vocês, só que inversamente e em prol do bem, da liberdade e da democracia, com as bênçãos de Deus, não do diabo.


É só ver a recente vitória de nossas forças nos Estados Unidos, talvez o último possível foco de resistência".


Ora, mas isto não é nenhuma novidade! Basta ver quem apoiou e aplaudiu a vitória deste farsante muçulmano. Conta uma coisa que eu não saiba porque esta é velha!


“3. Sem querer parecer de forma alguma agressivo, mas sendo honesto, "a única razão pela qual voce e outros continuam vivos e escrevendo é porque os consideramos inofensivo".


Sim, “hay que endurecerse pero sin perder la ternura jamás!”, não é? Vocês comunistas assassinam um, com um sorriso angelical nos lábios… E com quanto prazer fazem isto! É curioso notar sua prepotência – como, de resto, de todo comunista/terrorista -, como se fosse DONO da vida e da morte de pessoas que nem conhece, “permitindo” que “continuemos" vivos! Quanta benemerência, quanta magnanimidade! Hoje não durmo, só em pensar que é a minha insignificância que me salva!


"São até algo úteis, dão um colorido a NOSSA sociedade. Tenha certeza de que não lhe guardo rancor ou ódio, mas que não hesitaria em ordenar sua eliminação no improvável caso de se tornar realmente inconveniente".


Aqui você se desnuda e faço questão que o mundo conheça suas idéias. Isto é uma clara ameaça de morte e ainda tem o cinismo de dizer que “não lhe guardo rancor ou ódio”. Como é que se mata alguém que não se conhece nem nutre sentimentos negativos por ela? Vejam bem, meus amigos, como é deformada a mente revolucionária. Acredita piamente que estaria praticando um bem à humanidade acabando com a minha vida. Este sujeito que se diz “uma liderança comuna” está me ameaçando de morte que, eufemisticamente (como os “recursos não contabilizados”), chama de “ordenar sua eliminação”. Se você é o José Antonio Gonçalves Duarte que militou no fracassado Partido Operário Comunista (POC) e veio aqui me ameaçar, saiba que não tenho medo nem vou parar de denunciar os crimes que vocês, comunistas, cometem de todas as formas há quase um século. Aliás, “eliminar” pessoas incômodas faz parte da natureza e estatutos de todos os organismos comunistas, que chamam de “justiçamento”. Leiam os livros escritos pelos próprios comunistas que hoje posam de vítimas; vejam os casos do Araguaia e de todo o movimento comuno-guerrilheiro das décadas de 30 e 60 - só no Brasil - que os “justiçamentos” não são poucos.


>“Seu” Antonio: vá catar coquinhos ou procurar sua turma. Vá procurar fazer alguma coisa de útil a alguém para ver se preenche o vazio que inunda sua alma corrompida e angustiada, vá curar sua demência psicopática em vez de ficar ameaçando de assassinar uma pessoa que não conhece e, segundo suas próprias palavras, é “inofensiva”. Envio uma advertência a todas as pessoas que lêem este blog: se alguma coisa de mal me acontecer – um acidente casual e aparentemente sem conexão com esta ameaça; um acidente de carro; um arranhão indevido; um assalto; um furto; uma doença inesperada; um ataque de vírus cybernético; uma perna quebrada -, denunciem esta ameaça feita por esta pessoa que “se diz” chamar J. Antonio Duarte.


"Um abraço
J. Antonio Duarte"


Não sou hipócrita, por isso não retribuo tampouco aceito o seu, pois não costumo abraçar meliantes.


Nota: Aos leitores que me chamaram a atenção sobre o brutal erro de ortografia na palavra “prosseguimento” na edição de ontem, agradeço a delicadeza do alerta mas justifico. Eu havia escrito “procedimento” e quando fui reler o texto antes de editar, vi que não era esta a que queria escrever e em vez de reescrevê-la toda, remendei a que havia, já cansada e louca para pôr a denúncia no ar. Como diz o ditado, a pressa é inimiga da perfeição, daí o erro crasso. Me perdoem!


Não desejo voltar a perder tempo respondendo mensagens deste teor mas, se este ou qualquer outro delinqüente tentar bancar o engraçadinho outra vez, estejam certos de que ponho a boca no mundo. Fiquem com Deus e até a próxima.


Comentários: G. Salgueiro

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Sempre que Chávez inventa um novo referendo ou acontece uma eleição regular, não tarda muito e as falcatruas promovidas por ele e seus capachos (CNE, militares do Plano República, milícias bolivarianas, etc.) começam a aparecer. Que a fraude eleitoral já está institucionalizada na Venezuela hoje em dia até as pedras sabem. Apesar disso, o presidente brasileiro vive gritando aos quatro ventos que na Venezuela existe “excesso de democracia”, os observadores – todos coleguinhas do comunismo internacional e do Foro de São Paulo – avalizam os resultados, ratificam o crime eleitoral e vão para casa felizes e contentes por terem cumprido com o dever; e nas consciências não pesa um grama por esta irresponsabilidade criminosa. No dia seguinte, todos os jornais, de modo especial os brasileiros, repetem a farsa até dar náuseas nos leitores.

Então, dando proceguimento à análise da fraude e ao desmascaramento desta aberração, o Notalatina apresenta mais evidências daquilo que há anos denuncia. São fotos, numa série de 8, onde aparece um caminhão do Exército Venezuelano com soldados descarregando caixas eleitorais. Não há dúvida de que essas caixas pertencem ao CNE porque numa delas aparece claramente a sigla. Além disso, a placa do caminhão, EJ 2395 – também visível -, não pode ser de outro lugar que não o Exército Venezuelano. Vejam na seqüencia o que ocorre a estas caixas.
Será possível que mal acabaram de contar os votos já se pode incinerá-los SEM UMA AUDITORIA onde estejam presentes as duas partes da contenda, para ratificar a autenticidade dos resultados do escrutínio? Este procedimento é legítimo e normal em qualquer país, ou o objetivo desta operação era justamente destruir as provas de incontáveis votos contrários ao governo? As perguntas não param de pulular em minha cabeça – e com certeza nas dos venezuelanos – e, por mais boa vontade e isenção que eu queira ter, não encontro uma resposta plausível para justificar o que a mim me parece CRIME ELEITORAL puro e simples. Estas pessoas deviam estar na cadeia, o referendo anulado e o ditador de Miraflores deposto e preso.
E para corroborar tudo isto que as pessoas não infectadas ideologicamente percebem, meu amigo Alejandro Peña Esclusa nos escreve um artigo em que propõe um movimento saneador para resgatar a dignidade do CNE e das demais instituições governamentais. Leiam e reflitam porque toda esta patifaria tem muito a ver conosco, e não preciso dizer por quê. Fiquem com Deus e até a próxima!
Aqui a placa do caminhão não deixa dúvidas quanto à sua procedência!




Olhem a sigla do CNE na caixa no alto, à direita!


Aqui é possível aquilatar a quantidade de votos destruídos, comparando-se a pilha de caixas com um homem que aparece à esquerda.


Vejam a que ficou reduzida esta quantidade incalculável de votos...

Traduções e comentários: G. Salgueiro


Urge um movimento para resgatar o CNE

*Alejandro Peña Esclusa


O objetivo deste escrito é apresentar uma proposta que unifique os esforços de todos os venezuelanos em uma só direção, com a finalidade de recuperar o equilíbrio e a harmonia em nosso país. As premissas são as seguintes:

1. A oposição está dividida em dois blocos: os que participam das eleições e os abstencionistas. Entretanto, esta divisão é artificial, posto que todos os venezuelanos queremos votar. Todavia, os que se abstêm não o fazem por obstinação senão porque desconfiam – com toda a razão – do Conselho Nacional Eleitoral.

2. Há quem pense – justificadamente – que se comete fraude nas eleições. Os informes de http://www.esdata.info/ sobre as irregularidades do sistema eleitoral são contundentes e esclarecedores, porém, mesmo aqueles que inclusive rechaçam a tese da fraude, desconfiam do CNE.

3. E como não duvidar de um CNE composto majoritariamente por militantes do oficialismo, como não duvidar de umas máquinas eletrônicas programadas pela Smartmatic, de umas captahuellas (caça digitais) que intimidam o votante e de um REP avolumado da noite para o dia? Não é necessário demonstrar a fraude; basta que haja dúvida para que um sistema eleitoral seja inviável e inoperante.

4. A dúvida também corrói os chavistas que não sabem com certeza se seu comandante conta com o apoio das maiorias, ou se a revolução é uma farsa, baseada em uma multimilionária campanha propagandística.

5. Quando um sistema eleitoral não conta com a confiança dos cidadãos; quando as eleições já não servem para dirimir as diferenças entre os diversos setores, então surge a tentação de usar a violência para fazer valer o que cada um considera ser a vontade popular. Há muitos casos na história que assim o demonstram, como por exemplo, a Espanha de 1936.

6. Pelo que foi exposto acima, convém a todas as partes recuperar a confiança no sistema eleitoral: substituindo os atuais reitores do CNE por outros sem militância política; eliminando as máquinas eletrônicas de votação e as captahuellas, para regressar ao voto manual e à contagem de todas as caixas; e depurando o Registro Eleitoral Permanente (REP).

7. Um sistema eleitoral confiável é a porta de entrada para recuperar a institucionalidade do resto dos poderes públicos, como a Assembléia Nacional e o Tribunal Supremo de Justiça.

8. Urge criar um grande movimento nacional pelo resgate do CNE que, dentre outras iniciativas, peça a nulidade do referendo realizado no passado 15 de fevereiro. Depois de tudo, o oficialismo anulou – de fato – o referendo de 2 de dezembro de 2007, o que é igual à fraude.

Poder-se-ia argumentar – corretamente – que o governo jamais aceitará mudar o CNE. Porém, há que forçá-lo mediante uma pressão social sem precedentes. Não estamos pedindo uma dádiva, senão exigindo um direito fundamental.

* Presidente de Fuerza Solidaria e UnoAmérica

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Análise da fraude na Venezula


Eu pretendia fazer uma análise da fraude logo no dia seguinte ao referendo chavista mas depois resolvi esperar mais, não porque duvidasse de que de fato isto havia ocorrido mas porque queria colher provas mais substanciais, afinal, essa tem sido minha meta desde que inaugurei o Notalatina há quase 7 anos. Pois bem, estas provas me chegaram e vou demonstrá-las aqui para quem quiser ver. Antes, porém, preciso dar alguns avisos.

Em primeiro lugar, quero dizer para os idiotas comunas e pseudo anticomunistas que postam comentários aqui, que este blog NÃO é penico e que, portanto, seus delírios e insultos JAMAIS serão publicados. E antes que me chamem de “autoritária” ou histérica, quero esclarecer que este blog não é de domínio público, tampouco a casa da Mãe Joana mas uma propriedade privada, cuja proprietária tem o direito legítimo de receber ou expulsar quem bem entender. Há algumas mensagens que não publiquei porque quero responder em privado aos seus autores (que devem saber que me refiro a eles, pois eram perguntas pessoais), e ainda não fiz por falta de tempo. Portanto, se os idiotas desocupados que sequer sabem escrever direito ou que destilam ódio em cada palavra dita quiserem continuar postando comentários, podem fazê-lo à vontade porque me diverte ver tamanha indigência mental, moral e intelectual. Não lembro em toda a minha vida de ter visto em qualquer tempo uma casta de comunas tão burra, tão ignorante e tão prepotente em sua vasta estupidez...

O outro aviso é sobre o meu blog em espanhol, o “Soy Latinoamericana”. Ele não foi desativado nem censurado; apenas mudou de nome e agora passa a se chamar Observatorio brasileño, nome muito mais adequado aos meus princípios e convicções e ao que me propus quando o criei. O aviso da mudança foi feito ontem; se vocês forem descendo a leitura vão encontrar lá a justificativa para a troca de nome que não foi por mero capricho, mas por uma necessidade imperiosa.

Há ainda outro aviso a dar. Dias atrás li no blog do meu amigo Clausewitz um artigo que fora publicado no “Estadão”“O Clube dos 16%” – e achando-o interessante, resolvi me “filiar”. O autor da carteirinha – Bootlead - me escreveu e enviou-me a carteira de sócia que eu pretendia publicar aqui. Entretanto, depois que soube do furdunço causado pelo autor do texto, não querendo ver-se associado aos “militares torturadores” apenas porque na carteirinha havia uma espada, comecei a sentir urticárias e um cheiro de podre no ar. Não gosto de gente covarde que foge da raia ao menor sinal de que possa ser associado ao que o “senso comum” estabeleceu como “politicamente incorreto”. Não tenho espírito de manada, não tenho rabo preso com nada nem ninguém, não temo ser excluída das rodas de conversa porque sou amiga do Olavo de Carvalho. Ao contrário, tenho miolos para pensar e não dependo dos humores (ou falta deles) de absolutamente ninguém para tomar minhas decisões.

E este bate-boca e fofocas de comadre começou aonde? No Orkut! Onde mais se poderia esperar tanta picuinha de gente desocupada que infesta aquela porcaria para se fazer conhecido ou ter seus 5 minutos de fama? No artigo Geração sanguessugaque Olavo escreveu semana passada para o “Diário do Comércio” ele explica esta atitude servil e estúpida – de ficar em cima do muro ou dar tapinhas nas costas do inimigo para não se queimar com a manada -, que as pessoas que se dizem “de direita” e “conservadoras” no Brasil são capazes de ter. O medo, a covardia de enfrentar o inimigo de frente, é uma coisa vergonhosa da qual não participo nem sob tortura. E é esta a “direita” que temos hoje no Brasil, uma direita castrada, covarde, sem testosterona, mofina, que sai ganindo com o rabo entre as pernas ao primeiro grito mais alto. Portanto, agradeço a carteirinha que me foi outorgada mas dispenso-a, pois o time que eu jogo assume o que quer e o que defende, mesmo a custa de difamações, calúnias ou perseguições.

Mas vamos à mega fraude da Venezuela. Há tempo eu já havia comentado, por artigos meus ou do Alejandro Peña Esclusa, que o referendo por si só era uma coisa ilegal e inconstitucional, pois os venezuelanos já haviam decidido isto em dezembro de 2007 dando um rotundo NÃO a Chávez. Depois, como explicou o engenheiro Alfredo Weil no programa “Mesa de Análisis” conduzido por Marta Colomina, a votação eletrônica na Venezuela NÃO É AUTÊNTICA segundo as definições requeridas pela comunidade internacional que devem obedecer a 3 requisitos básicos:

1. Imparcialidade do Conselho Nacional Eleitoral. Como sabemos, dos cinco reitores 4 são chavistas e 1 finge ser moderado;
2. Transparência do organismo eleitoral – o árbitro -, no caso, o CNE;
3. Garantia absoluta aos eleitores do segredo do voto. Weil desafiou os políticos presentes ao programa a declararem se estes três princípios são respeitados nas votações que se realizaram na Venezuela nos últimos anos (especificamente o Referendo Revocatório de agosto de 2004 até 15 de fevereiro de 2009). Para ouvir o áudio do programa cliquem aqui.

Por outro lado, as denúncias de irregularidades e abusos não acabam de aparecer. Uma jornalista foi agredida, humilhada e presa porque foi reclamar que seu voto saíra “SÍ” quando sua opção era “NO”, a presidente da mesa não quis anulá-lo e ela, aborrecida e nervosa rasgou o comprovante. Acabou presa, como se pode ler aqui. O representante de “Ojo Electoral”, Carlos Genatios, denunciou que mais de 16% das mesas estiveram abertas depois das seis da tarde sem que houvesse pessoas na fila. A esse respeito, cabe explicar que faltando poucos dias para o pleito a presidenta do CNE, Tibisay Lucena, anunciou que o horário para a votação, que antes encerrava às 4 da tarde, seria estendido até às 6, não justificando o motivo da elasticidade mas agora vocês poderão compreender.

A fraude foi cometida depois das 4 da tarde, quando o NÃO superava o SIM por mais de 10.5%, conforme pode-se constatar no gráfico. Vale salientar que este gráfico foi apresentado em um site chavista que não tem nome e cujo link é este: http://www.150209no.com/. Eles são tão burros que nos ofereceram de mão beijada a prova de seu próprio crime! Observem o comportamento da curva depois das 4 da tarde.



Com relação às máquinas de votação, foi colocado previamente em todas elas um sistema secreto WI-Fi (conexão inalambrica wireless – fraude eletrônica através de chip) que estava funcionando desde o começo das votações. Portanto, a conexão com a CANTV (operadora de telefonia e internet estatal) depois da totalização das atas era irrelevante. Daí a segurança dos chavistas antes das seis horas da tarde; a tranqüilidade de Chávez e de sua militância – que eu percebi no dia da votação e comentei aqui -; o ato falho de Chávez ao declarar no seu histérico discurso depois do anúncio do CNE que “à tarde agradeceu a Deus pela vitória” - à tarde como, se a votação foi até às 6 da noite? -; e a rapidez com que Fidel Castro enviou suas felicitações, ANTES mesmo de ser anunciado oficialmente o resultado pelo CNE.

Além disso, próximo de cada centro de votação havia um sistema de rastreamento de WI-Fi colocado em um veículo que recebia a informação de cada máquina, e daí era retransmitida para uma CPU (Unidade Processadora Central localizada no Palácio Branco na Sala de Operações de Miraflores). Por isso eles sabiam permanentemente o comportamento do processo eleitoral, já que era muito fácil por serem apenas duas opções. Esse sistema de operação inalambrica não pôde ser aplicado nas eleições de 27 de novembro passado, porque elas eram muito complexas e havia muitos candidatos para as escolhas.

O chip usado para o sistema WI-Fi é o modelo WRT 1800N X2 Linksys de fabricação canadense, o último do gênero. Esse sistema será usado, já aperfeiçoado, nas eleições de 2012, daí a segurança de Chávez em conquistar a vitória com tanta antecedência. As atas assinadas são a prova fidedigna da FRAUDE ELETRÔNICA ELEITORAL.

Após tantas provas apontadas antes e depois da eleição, ainda há os que acreditam na transparência do pleito e no “espetáculo da democracia” da Venezuela “roja rojita”. Se por democracia se entende apenas o “direito” de ir votar, Cuba seria modelo de democracia porque, desde o início da ditadura há eleições de 5 em 5 anos. Mas quem dentre esses governos comunistas quer saber disso? Eles apenas seguem à risca o preceito gramsciano de usar a democracia para destruí-la desde dentro. É bom os brasileiros ficarem de olhos abertos porque isto não é impossível de acontecer aqui, considerando que o PT NÃO vai sair do poder e a terrorista e ladra Dilma Rousseff tem todas as ferramentas para dar continuidade a esta afronta de nos implantar, na marra, uma ditadura comunista como a que hoje se instalou de direito e de fato na Venezuela. Este é sonho de Fidel, de Lula e do Foro de São Paulo. Fiquem com Deus e até a próxima!

Comentários e traduções: G. Salgueiro

domingo, 15 de fevereiro de 2009

A vitória da fraude



Há algo de podre no reino da Dinamarca... A votação na Venezuela ocorreu num clima de aparente paz. Não tive notícia, tampouco vi na TV qualquer notícia de agressão ou violência, coisas tão corriqueiras no dia-a-dia venezuelano e de modo especial em eleições. Vi pela CNN de Espanhol o momento em que o ditador Chávez foi votar. Bem diferente daquele Chávez e 2 de dezembro de 2007, onde esbanjava segurança da vitória, o Chávez de hoje parecia mais comedido, conversou com pessoas, apertou mãos, distribuiu abraços mas não fez nenhum espalhafato como em 2007; nenhum pronunciamento, não mostrou que depositava o voto na urna. Estaria ele sob efeito de medicamentos ministrados por seu psiquiatra ou preferiu não cantar vitória antes do tempo para não passar por um vexame monumental como da vez anterior? Veremos, ainda hoje, espero.

Houve muitas irregularidades como, por exemplo em Sidney, Austrália, onde as pessoas que haviam votado da vez anterior, desta vez não puderam votar porque seus nomes não constavam das listas. Também na Espanha houve queixas de que não deixavam as pessoas entrarem na embaixada para votar, pessoas que eram declaradamente opositoras.

Da Venezuela recebo denúncias de que na Escola Comércio, em Punto Fijo, havia uma chavista com camisa e boné vermelhos e publicidade do “Sí”, dentro do centro de votação e levando e trazendo pessoas em seu carro para votar. Essas coisas foram expressamente proibidas pelo CNE mas dona Tibisay não viu. Também não viu dona Tibisay, nem seus micos amestrados, que em frente ao INTT havia gente com cornetas tocando desde às 6:30 da manhã; colocavam a todo volume o gingle da campanha chavista e nada disso foi reprimido.
Eu sabia que alguma coisa de podre malcheirava o ar e agora encontrei o motivo: acabo de ouvir o pronunciamento oficial do CNE, através de sua presidenta Tibisay Lucena que dá a vitória do “SIM”. Segundo os dados oficiais, o resultado é o seguinte:
SIM – 54.36%
NÃO – 45,63%
Total de urnas apuradas: 93,20%

Conforme eu havia divulgado nessa madrugada, o resultado era o inverso. Agora, dá sacada do Palácio de Miraflores, Chávez festeja cantando o hino da Venezuela. E em cadei nacional, inicia um daqueles enfadonhos, mentirosos e intermináveis discursos, lembrando que é fevereiro o mês da vitória, certamente fazendo referência ao falido golpe de 1992. Seua macacos gritam histéricos "Uh, ah, Chávez não se vá" e "Vitória popular!". Ele sabia deste resultado; sabia desde sempre mas Deus é Pai e consente, mas não para sempre.

O que fará a oposição agora? Vai calar diante de mais esta fraude? A aceitação forçada de Chávez à derrota em 2007, levava-nos a crer que ele ainda não estava rendido. A resposta veio hoje. Nada mais há a dizer, a não ser silenciar, aguardar e rezar por aquele pobre povo escravizado.

Fiquem com Deus e até a próxima.

Comentários: G. Salgueiro

Informes sobre o Referendo na Venezuela




Antes de fazer os comentários de hoje sobre o Referendo da Venezuela, quero registrar aqui meu agradecimento àqueles(as) que se colocaram como meus seguidores. Isto é muito honroso porque, penso, indica que os que assim procedem têm respeito pelo meu trabalho, coisa cada dia mais rara no Brasil de hoje. O que mais vemos é gente querendo trapacear, usurpar as idéias e trabalho alheios, quando não fraudar descaradamente em proveito próprio. Além de antiético é revelador do caráter (ou falta dele) de quem assim procede.

Entretanto, quero juntar ao meu agradecimento um pedido de desculpas envergonhado por não seguir nenhum blog. Na verdade, não é que eu não siga mas é que eu não sei como se faz isto. Já recebi alguns prêmios que nunca foram postos aqui pela mesma razão. Quando eu conseguir aprender essas coisas todos vocês, a quem eu admiro e respeito, serão indicados, ok?

Bem, mas “a nota” de hoje não poderia ser outra do que o atestado de autoritarismo que a ditadura chavista deu, expulsando um deputado do PP espanhol que fora convidado como observador pela oposição. Naturalmente que os puxa-sacos de plantão – que já estão lá para referendar a fraude -, não só podem dizer barbaridades da oposição como se intrometer nos assuntos internos do país que não acontece NADA, não é agressivo nem encarado de forma pejorativa.

O deputado Luis Herrero pertence ao Partido Popular da Espanha, de centro-direita, e estava na Venezuela para acompanhar a votação do Referendo. Ele havia pedido aos venezuelanos para “votar em liberdade e que jamais votem se deixando levar pelo medo que premeditadamente um ditador está tratando de impor”. Todos sabem que isto é verdade e sempre foi assim. Quem acompanha o Notalatina deve ter lembrança de outros pleitos ocorridos na Venezuela onde denunciei a pressão que sempre ocorreu sobre os funcionários das estatais para que apoiassem a postura do Governo. Devem também estar lembrados da perseguição – até com a perda do emprego – e violação do sigilo do voto, bem ao estilo KGB, que proporcionaram as malfadadas listas “Tascón” e “Maisanta”. Então, o que o deputado espanhol fez foi desnudar o rei ditador perante o mundo.

Vale lembrar aqui, também, esta imposição feita por outras formas. Primeiro, a Assembléia Legislativa, cuja maioria dos representantes é chavista, aprovou esta aberração inconstitucional; depois, TODOS os parlamentares entraram de férias para poder melhor servir de cabo eleitoral; o CNE – que também come na mão de Chávez – referendou a aberração jurídica legalizada pela AL; as escolas, postos de saúde, universidades e serviços estatais exibiram cartazes do “SIM”, numa clara demonstração do uso ilegal da máquina pública em prol do governante. Isto não é uma forma de intimidação?

Em decorrência deste alerta, feita pelo deputado Herrero, dona Tibisay Lucena, presidenta do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano, disse que as declarações do deputado foram uma “agressão” contra o CNE e contra a Venezuela e solicitou à Assembléia que expulsasse o deputado. Segundo dona Tibisay, “não corresponde aos observadores políticos nem aos acompanhantes internacionais julgar as atitudes do poder eleitoral nem o processo em curso”, acrescentando que “dada a gravidade das declarações, o Poder Eleitoral decidiu não emitir a credencial como observador político que havia sido solicitada”. Isto já ocorreu em outros pleitos, mas não lembro de nenhum dos expulsados serem favoráveis ao comunismo bolivariano de Chávez.

O Secretário Geral do Partido Democrata Cristão (COPEI), Luis Ignacio Planas denunciou que, sem notificação oficial, o eurodeputado foi levado à força ao aeroporto por agentes da polícia política DISIP (conforme se vê na foto), e sequer deixaram-no apanhar seu passaporte. O deputado também criticou a medida de última hora do CNE de estender o horário da votação que se encerraria às 16:00 para as 18:00, como uma possível “manobra pouco transparente e pouco democrática”. Após seguir para São Paulo, o deputado foi direto para a Espanha onde já chegou. Confiram aqui a entrevista que ele concedeu a Globovisión, publicada pelo blog “DA CIA”.

Dona Tibisay alegou que esta expulsão visava a “preservar o clima de paz e de harmonia que têm prevalecido neste processo eleitoral”. Ora, esta senhora sabe que mente com a maior cara de pau, porque até mortes de estudantes houve proporcionadas pelas hordas de delinqüentes milicianos de Chávez, sobretudo dentro das Universidades, onde estes bandos invadiram os campus, depredaram prédios, jogaram bombas de gás lacrimogêneo e promoveram toda sorte de desordens sob o olhar cúmplice de policiais. Não há paz, nem ordem, tampouco harmonia cada vez que este psicopata resolve tentar mais uma vez implantar uma ditadura de direito, porque de fato já é há tempo.

E muito reveladora também foi a declaração do abutre insepulto do Caribe, Fidel Castro, a respeito deste referendo. Segundo o ditador cubano, “Nosso futuro é inseparável do que ocorra no próximo domingo”. Ele observa que “não existe outra opção que a vitória", e conclui: “O futuro de ‘Nossa América’ dependerá muito dessa vitória e será um fato que influirá no resto do planeta”. Ele sabe porque afirma isto; ele quer fazer Chávez seu sucessor para continuar levando adiante com o mesmo êxito que tem hoje, o Foro de São Paulo. Lula não pode se expor porque é o “chefe” mas apóia e cede a tudo, conforme temos visto ao longo destes malditos seis anos de governo petista.

E para encerrar esta edição, o resultado das últimas pesquisas realizadas pelo Departamento de Estado americano mostram a vitória do NÃO por quase o dobro dos votos, e uma foto de Chávez escrevendo um recado numa lousa dizendo que “os que querem felicidade” - só que com S - que o acompanhem. Não passou batido pela oposição que logo disse que o tenente-coronel alfabetizou-se pela “Missão Robinson”, aquela importada de Cuba, onde alfabetizar mesmo é um mero detalhe sem importância. É imperdível e eu não poderia deixar de jogar no ventilador!

Aqui o resultado das pesquisas:

Consultados: 9.350
NÃO: 63.20%
Não sabe/Não opinou: 1.14%
Indecisos: 0.77%
SIM: 34.87%

E como já é dia 15 (e graças a Deus acabou o horário de verão!), convido-os a acompanhar comigo, mais tarde, a votação, apuração e divulgação dos resultados. Estarei de plantão durante todo o dia, pedindo a Deus que não permita a fraude se impor de novo, porque desta vez parece ser decisivo. Fiquem com Deus e até a próxima!

Comentário e Traduções: G. Salgueiro